Os aeroportos de Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA), administrados pela Infraero, foram apontados como os melhores terminais da região Nordeste de acordo com pesquisa da Datafolha, que entrevistou 827 paulistanos das classes A e B sobre questões relacionadas ao turismo nacional e internacional.
Juntos, os três terminais movimentaram mais de 22 milhões de passageiros no ano passado, entre operações de embarques e desembarques. Os principais pontos destacados pelos entrevistados foram a tranquilidade no embarque e desembarque e os estabelecimentos comerciais, incluindo restaurantes com comidas típicas e lojas com diversos artigos de artesanato locais.
O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estariam dentro da margem de erro prevista em 95 deles.
Aeroporto de Salvador é o mais movimentado do Nordeste
Com um sítio aeroportuário que ocupa 7 milhões de m², sendo 70 mil destinados ao terminal, o Aeroporto Internacional de Salvador desponta como um dos mais movimentados do Brasil com seus quase 200 voos diários, entre pousos e decolagens. Essa grande operação de aeronaves fez com que o Luís Eduardo Magalhães ultrapassasse, no ano passado, a marca dos 9 milhões de passageiros. Esse crescimento já garantiu, no primeiro semestre de 2016, o terceiro lugar noranking dos 60 aeroportos administrados pela Infraero.
A garantia da fluidez da passagem dos viajantes, desde sua chegada ao estacionamento de veículos, até seu ingresso à aeronave ou vice-versa, envolve cerca de 7 mil pessoas que trabalham dia e noite para garantir todas as facilidades necessárias ao sucesso do atendimento.
O terminal está preparado para receber com segurança e conforto passageiros e acompanhantes, contando com facilidades diversas, além um setor de achados e perdidos, berçário e posto de primeiros socorros. No piso de embarque, há um variado leque de opções comerciais. Ali é possível encontrar inúmeros artigos, como calçados, roupas, artesanatos, cosméticos, farmácia, livraria, moda esportiva, joias, bijuterias, cachaçaria, lojas de CD/DVD, spa de terapias corporais com massagens, tabacaria, engraxataria, proteção de bagagens, salão de beleza, dentre outros. O ambiente foi arquitetado como uma avenida comercial, facilitando a circulação dos clientes pelo mix comercial.
No segmento alimentação, o passageiro encontra de tudo um pouco. O famoso acarajé da Bahia é o primeiro da lista gourmet, seguido da água de coco, que é servida gelada na própria fruta. Em seguida, vêm as deliciosas tapiocas com seus recheios irresistíveis, até chegar aos pratos mais sofisticados, oferecidos na praça de alimentação, piso de embarque. Lá está localizado o maior número de restaurantes e lanchonetes, e o passageiro pode contar inclusive com uma variedade de pratos típicos da região. Bobó e moqueca de camarão, bolinho de bacalhau, diversas receitas de peixes, mariscadas, comida asiática, árabe, sanduíches variados, fast-food, pizzas e massas são algumas das opções disponíveis para quem precisa fazer uma refeição ou simplesmente um lanche, antes ou depois de um voo.
O desenvolvimento do Ceará passa pelo Aeroporto de Fortaleza
Ser responsável por um dos principais portões de entrada de uma das cidades turísticas mais importantes do Brasil é uma tarefa que exige experiência e dedicação, compromissos que a equipe da Infraero mantém no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE). A estatal é responsável pela administração do aeroporto cearense desde 1974 e sempre esteve ciente da importância do terminal para o desenvolvimento econômico, turístico e social de todo o estado.
Foi durante a gestão da Infraero que o Aeroporto de Fortaleza ganhou um novo terminal de passageiros (inaugurado em 1998), um novo terminal de logística de carga (2009) e uma moderna torre de controle (também em 2009). Atualmente, o terminal de passageiros conta com 35,6 mil m², mais de 50 estabelecimentos comerciais – entre restaurantes, lanchonetes, livrarias, lojas de souvenires, guarda-volumes, agência de viagem, salão de beleza etc. -, além de estacionamento de veículos com 848 vagas. O pátio de aeronaves de aviação comercial tem 53 mil m², sete pontes de embarque e outras sete posições de estacionamento remoto.
Em 2015, o Aeroporto de Fortaleza recebeu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a Certificação Operacional, o que atesta a eficiência e a segurança dos processos operacionais realizados no Pinto Martins, que conta com uma pista de pousos e decolagens de 2.545 metros de comprimento e 45 metros de largura, podendo receber aeronaves do tipo Boeing 747-400 ou modelos inferiores. No ano passado, foram mais de 6,3 milhões de embarques e desembarques e mais de 61 mil pousos e decolagens. Em 2016, de janeiro a julho, o Aeroporto de Fortaleza contabilizou 3,3 milhões de passageiros e cerca de 31 mil operações.
Manter essa grande estrutura em funcionamento, 24 horas por dia, sete dias por semana, é o grande desafio da Infraero em Fortaleza, missão que seus 243 empregados conduzem com grande empenho.
Aeroporto do Recife: conforto e beleza
Símbolo da energia ímpar dos pernambucanos, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre dispõe de ambiente confortável, vasta oferta de serviços com qualidade e eficiência no atendimento. Localizado na zona sul do Recife, na divisa com o município de Jaboatão dos Guararapes, o terminal pernambucano opera voos domésticos e internacionais 24 horas por dia.
Administrado pela Infraero desde o início de 1974, o aeroporto, que carrega em seu nome a alusão ao fato histórico da Batalha dos Guararapes, ocorrida no período colonial brasileiro, recebe cerca de 7 milhões de passageiros por ano, tendo capacidade máxima para atender 16,5 milhões anuais, com conforto e segurança.
A edificação é composta por concreto armado com trechos em concreto protendido nas áreas de desembarque, tornando o espaço sem nenhum pilar de apoio, facilitando o fluxo de passageiros e bagagens, a partir de um vão livre de obstáculos estruturais e visuais. O projeto conta com uma instalação de mais de 23 mil m² – o equivalente à cobertura de quatro estádios de futebol – de vidros especiais que, ao mesmo tempo em que permitem o conforto ao ambiente, proporcionam iluminação natural por período prolongado.
Atrelada a isso está a influência da cultura do estado de Pernambuco, que impera em todos os espaços do saguão. O artista plástico Francisco Brennand compõe o acervo com um mural, localizado na entrada das salas de embarque e três estátuas, na praça de alimentação. Tem também obras de José Cláudio, Gil Vicente, Ana Guerra, Montez Magno e Pedro Frederico. O artista Abelardo da Hora exibe uma estátua de sociólogo Gilberto Freyre, que dá nome ao aeroporto, na área central do piso do desembarque. Um painel de João Câmara instalado no check-in e uma escultura de Romero Britto no saguão do desembarque dão vida ao terminal.
O terminal de passageiros tem 53 mil m², divididos em três pavimentos operacionais: piso de desembarque, embarque, praça de alimentação e um pavimento técnico. Na espera para o embarque, o passageiro ainda conta com um extenso “cardápio” de produtos. São 123 espaços ocupados entre lojas e quiosques. Destes, 42 estão no ramo da alimentação, 42 distribuídos em serviços e 39 do varejo.
No piso da praça de alimentação, um serviço permite ao viajante descansar, tirar um cochilo ou até mesmo trabalhar em um ambiente tranquilo antes de embarcar no próximo voo. A estrutura se assemelha a um micro-hotel e é composta por cabines de 5 metros quadrados cada. As acomodações individuais são equipadas com cama, TV a cabo, mesa articulada e wifi.
Chegar e sair do aeroporto é tarefa fácil para o visitante. Além de contar com cooperativas de táxis credenciadas e pontos de ônibus nas proximidades, o Aeroporto do Recife conta com uma passarela que liga o terminal pernambucano ao Terminal Integrado do Aeroporto, no lado oposto da Avenida Mascarenhas de Morais. Pela passarela, localizada no piso superior em frente ao portão B de embarque, o passageiro e o usuário têm acesso ao metrô ou ônibus sem precisar fazer a travessia pelas duas pistas da Mascarenhas.
No “lado ar”, como é conhecida a área operacional do Guararapes, uma pista de 3.007 metros, uma das maiores do Norte e Nordeste do país, atende cerca de 160 voos diários, entre pousos e decolagens. No quesito movimentação operacional, de acordo com dados do ano passado, foram 69.511 voos domésticos e 2.569 internacionais, envolvendo a operação de 72.080 aeronaves. Para atender essa demanda, o pátio conta com 21 posições para aeronaves e o embarque com 11 pontes. Para a manutenção dessa infraestrutura, cerca de 6 mil funcionários diretos trabalham no Aeroporto dos Guararapes.