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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Santos Dumont terá voos na madrugada durante a Olimpíada

Decisão foi acordada em reunião com representantes da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias. O atual horário de funcionamento do aeroporto é de 6h às 22h30

O Aeroporto Santos Dumont funcionará em horário excepcional no período de maior movimentação aérea no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos Rio2016, de 3 a 23 de agosto: a aviação comercial vai operar das 6h às 23h59; já a aviação executiva e os táxis-aéreos poderão operar também na madrugada, das 22h30 até as 5h59. Terminado este período, o aeroporto voltará a funcionar em seu horário normal, de 6h às 22h30.

Com a ampliação do horário, o Santos Dumont poderá movimentar 70 mil passageiros a mais. São cerca de 214 movimentos diários (chegadas e partidas) a mais de aeronaves. Em 21 dias de operação especial, a estimativa é que um total de 4,5 mil pousos e decolagens extras sejam realizados no terminal da capital olímpica. “As medidas vão melhorar o acesso à cidade que será o coração do mundo durante os Jogos Olímpicos”, afirma o ministro da Secretaria de Aviação, Mauro Lopes.

Além de reduzir possíveis impactos meteorológicos nas operações, a ampliação do horário de funcionamento do Santos Dumont vai proporcionar maior capacidade operacional para atender à grande movimentação aérea que a Olimpíada trará ao Rio. Também facilitará a mobilidade urbana dos passageiros, uma vez que o terminal se localiza no centro da cidade.

O secretário Executivo da Secretaria de Aviação, Guilherme Ramalho, esteve nesta segunda-feira no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, para apresentar a operação aérea nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e anunciar a ampliação do horário de funcionamento do Santos Dumont. “Essa medida só vai agregar ao sistema aeroportuário do Rio de Janeiro. Mais do que isso, quem vier ao Rio terá uma excelente impressão quando chegar ao Santos Dumont. O aeroporto tem passado por uma revolução silenciosa, melhorou muito e está entregue”, afirmou Guilherme Ramalho.

A ampliação também reduzirá o impacto sobre o Galeão, o aeroporto referência dos Jogos, permitindo que as chegadas e partidas dos passageiros sejam mais equilibradas, o que reduz o risco de atrasos, especialmente devido à alta demanda de passageiros como se prevê durante um evento de grande atração.

SETOR AÉREO NOS JOGOS – Mais de 1 milhão de atletas, delegações e turistas circularão pelos aeroportos cariocas e 4,7 milhões de volumes de bagagem serão processados ao longo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O megaevento vai trazer ao Brasil delegações de 206 países e mais de 100 chefes de Estado. Trinta e nove aeroportos estarão envolvidos na operação especial do setor, todos localizados nas cidades-sede ou a até 200 km delas.

A Secretaria de Aviação estima que 4 mil são atletas paraolímpicos, reforçando o desafio da acessibilidade nos aeroportos brasileiros. Em torno de 2.200 controladores de voo já receberam treinamento específico para o evento e mais de 1 mil vagas extras serão criadas nos pátios dos terminais para estacionamento de aeronaves no período. “A experiência que o Brasil e nossas instituições ganharam realizando grandes eventos não pode ser desprezada. Isso deriva de um planejamento integrado dos órgãos do setor na Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). A troca rápida de informações entre os órgãos é o segredo para o sucesso”, avaliou Ramalho.

Cerca de mil voluntários participam do atendimento ao público nos aeroportos. A estimativa é que somente no dia da abertura do evento (5 de agosto), os aeroportos do Rio registrem entre 900 e 1.000 movimentos de aeronaves executivas.

EM ANÁLISE – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) analisa a concessão de autorização excepcional para realização dos procedimentos de check-in e despacho remotos, diretamente da Vila Olímpica. A experiência foi bem-sucedida na Olimpíada de Londres, em 2012. A proposta do Comitê Rio2016 é estabelecer estações de check-in e despacho de bagagem antecipado na vila. Ainda será necessária a validação e formalização de acordos entre comitê e empresas aéreas, além da análise da Resolução 116 da Anac, que impõe restrições.

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