A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do SENAC Aclimação realizaram, na manhã de hoje, o evento “Como posso te ajudar?”, com o objetivo de aprimorar o atendimento das companhias aéreas aos passageiros com deficiência.
Durante o evento, atletas paralímpicos contaram as suas experiências com o transporte aéreo para uma plateia com cerca de 90 pessoas, entre colaboradores de companhias aéreas, de administradoras de aeroportos, integrantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), membros do SENAC Aclimação e representantes de entidades do turismo, entre outros.
“O objetivo desse evento é identificar quais as dificuldades, o que esses campeões têm a dizer. Essa é a ideia desse processo”, afirmou o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz. “É um orgulho participar desse projeto com as companhias aéreas. O Brasil tem avançado muito nas políticas para deficientes. Trata-se de uma parceria na qual o céu é o limite”, acrescentou o vice-presidente do CPB, Mizael Conrado.
Suzana Schnarndorf, atleta paralímpica da natação, dona do recorde brasileiro em cinco provas (50m, 100m, 400m livres, 100m peito, 200m medley na classe S6), contou que o esporte paralímpico lhe trouxe alegria. Ela foi cinco vezes campeã brasileira de triatlo e participou 13 vezes do Iron Man. Descobriu ter um tipo raro de Mal de Parkinson e conheceu o paradesporto em 2010. “Pequenas melhoras no atendimento aos passageiros com deficiência fazem a diferença”, disse Suzana.
“Quando a gente fala em acessibilidade, logo vem à mente a pessoa com deficiência, mas têm as gestantes, os idosos, as pessoas com alguma lesão. Deve haver preocupação com cada indivíduo”, disse o professor do SENAC, David Faria, deficiente visual de nascença e ex-jogador de futebol.
Perguntar à pessoa com deficiência se ela precisa de algum auxílio durante o voo ou na fase de embarque/desembarque é a forma mais simples e eficaz de dar apoio. A dica é de Edson Pinheiro e Lorena Spoladore.
Ao nascer, Edson teve paralisia cerebral por causa de uma falta de oxigênio e isso prejudicou o movimento do seu braço direito. Ele é atleta paralímpico ouro nos 100m e bronze nos 200m no Parapan-americano de Toronto/CAN (2015), entre outras conquistas Lorena, por sua vez, perdeu a visão logo nos primeiros dias de vida e foi prata no salto em distância do Mundial de Doha (2015) e ouro no Salto em Distância do Mundial de Lyon (2013), só para citar algumas de suas medalhas.