O Público de Brasília compareceu em peso ao superfaturado Estádio Nacional Mané Garrincha que foi construído para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 afim de presenciar um jogo de futebol de forma que a torcida local pudesse mostrar de alguma forma seu interesse pelo esporte e tentar desmistificar o que chamam de “Elefante Branco” da Capital Federal, que consumiu mais de 1,5 Bilhão de reais e não teria nenhuma serventia para a cidade e para o esporte mais popular dos brasileiros uma vez que não existem times de expressões no Distrito Federal.
Estádio Mané Garrincha lotado para Flamengo x Coritiba
Compareceram 67.011 torcedores pagantes ao Estádio para ver o jogo Flamengo X Coritiba que proporcionou uma renda anunciada de R$ 3.955.000,00 (três milhões, novecentos e noventa e cinco mil reais) aos organizadores do evento que desses, segundo informações da imprensa repassariam ao Flamengo o valor de 1,5 Milhões de reais, recorde de público e de renda do atual campeonato.
Mas a pergunta é para onde vai o restante desse montante de dinheiro que saiu dos bolsos dos fanáticos torcedores que pagaram entre R$ 50,00 reais para o menor valor cobrado e R$200,00 para o lugar mais privilegiado do estádio ???
Sem fiscalização e seguranças todas as escadas viraram “arquibancadas”
Estive presente no estádio e posso afirmar com que com certeza que não é para para proporcionar conforto e segurança para o público pagante, pois o Estádio estava lotado e graças a Deus de uma torcida única, pois não haviam seguranças em bom número, e as escadarias estavam todas tomadas por torcedores, onde deveriam estar as áreas de trânsito para ir ao banheiro ou numa emergência fazer a evacuação de pessoas, mesmo com todo esse dinheiro não havia ninguém para organizar a bagunça generalizada que estava num estádio que qualquer presente sabe que houve 67.011 pagantes mas o número de pessoas presentes ultrapassavam os 75 mil.
A começar pela entrada, não existia sequer um leitor de código de barras ou uma catraca eletrônica que verificava se o bilhete era verdadeiro e nem o inviabilizada após o seu uso, tinham pessoas sem uniformes que simplesmente pegavam o bilhete e mandava você passar, bilhetes esses que possivelmente retornavam com facilidades para os cambistas comercializarem do lado de fora do estádio onde haviam muitas pessoas querendo adquirir ingressos de última hora.
Bebedores sem água para o público
Dentro do estádio, com um público digno de Copa do Mundo o que encontramos foi uma falta de respeito com o torcedor, um negócio absurdo, os bebedouros existiam, mas nenhum tinha água, até porque caso houvesse atrapalharia o comercio das águas minerais onde um copo de 200 ml era comercializado ao valor de R$ 5,00 e para encontrar um vendedor era uma verdadeira batalha, e falando em água quem foi ao banheiro e utilizou o vaso sanitário não teve como dar descarga, pois durante um evento dessa magnitude também não havia água para esse finalidade e claro, muito menos para lavar as mãos, o que seria uma questão básica de higiene que lavar as mãos após utilizar o banheiro, também não era possível no superfaturado Estádio Mané Garrincha.
Descargas e pias também não tinham água
Difícil acreditar que o governo alega gastar 600 mil reais por mês na manutenção do estádio nacional se o mesmo está nessas condições num dia de jogo dessa magnitude e importância, onde grande número de torcedores se dirigiram e se propuseram a pagar preços nada populares para frequentar o Estádio mais caro do país e encontraram essas condições, lamentável.
O Coritiba não tinha nada a ver com isso e fez sua parte, ganhando facilmente de um sonolento Flamengo que parece nem mesmo ter entrado em campo, e que colaborou e muito para a decepção dos fanáticos torcedores que lotaram o estádio, fizeram a sua parte e nem o Flamengo e nem a organização do evento correspondeu com o mínimo necessário para um evento de alto nível, vai ser difícil a torcida se animar para repetir este público.
