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sexta-feira, novembro 22, 2024
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A crise no turismo faz uma grande vítima e as perspectivas para os próximos meses são as piores possíveis

No último artigo que publiquei procurei fazer uma pequena análise dos números do turismo brasileiro no ano de 2014 e as projeções para o ano de 2015. As expectativas já apontavam para um ano de sérias dificuldades em todos os segmentos do mercado, no entanto, neste mês de maio fomos bombardeados pelas mais diferentes mídias abordando a recuperação judicial de uma das maiores operadoras de turismo do país, a Nascimento Turismo, que no último dia 20 de maio pediu oficialmente à Justiça brasileira ingresso no processo de recuperação judicial.

Podemos citar como os últimos casos de fechamento de grandes empresas além da Nascimento Turismo, a Cia Aérea Pluna, Via Landauto, Calcos e Fênix.

São muitas empresas encerrando suas atividades e lamentavelmente colocando um ponto final em histórias que duraram décadas, como o caso da Nascimento Turismo que já estava em operação há 54 anos no trade.

Fazendo a correlação para o segmento das agências de viagens corporativas e governamentais, essas agências já iniciaram processos de demissão motivados pela aquisição das passagens aéreas por parte do Administração Pública Federal através da Central de Compras do Governo Federal.

Muitos empresários viram repentinamente contratos, da ordem de milhões de reais, com a esfera federal, serem esvaziados e tornarem-se reduzidos em valores irrisórios, o que obrigou boa parte das agências da capital federal iniciar os processos de demissões e redimensionamento de suas estruturas tanto físicas quanto de pessoal.

Nesse mais obscuro e negro cenário, as perspectivas para os próximos meses são as piores possíveis, desde um número maior de demissões até mesmo encerramento de atividades de algumas dessas empresas que estão com seus negócios focados neste segmento.

A crise é abrangente, parece atingir a todos e não poupa pequenos nem grandes do setor e o melhor a fazer neste momento é aprimorar os meios de controle, voltar as atenções para os sistemas de informações gerenciais, atualizar suas plataformas tecnológicas e remar fortemente para vencer essa crise, pois as agências de viagens preparadas, capacitadas tecnologicamente certamente sairão mais fortes dessa crise e terão um futuro promissor.

Eliomar Silvério Gonçalves
Voenews

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