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quarta-feira, novembro 27, 2024
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Aeronautas cancelam greve prevista para começar nesta sexta

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Os pilotos, copilotos e comissários de voo representados pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) decidiram, em assembleias realizadas nesta quinta-feira (19), aceitar as propostas das companhias aéreas e cancelaram a paralisação do setor, que estava prevista para se iniciar nesta sexta-feira (20).

Na véspera, o Tribunal Superior do Trabalho tinha determinado que, em caso de greve, os aeronautas deveriam manter 80% dos funcionários trabalhando normalmente. A Justiça determinou também multa de R$ 100 mil por dia, caso a decisão não fosse cumprida.

Foram as empresas aéreas que entraram com uma ação no TST sobre a quantidade mínima de funcionários que deveria se manter ativa em caso de uma paralisação.

Os pilotos e comissários reivindicavam reajuste salarial de 8%. Mas a categoria decidiu aceitar um aumento de 5,6%, além de outros itens sociais para melhores condições de trabalho – proposta que anteriormente tinha sido recusada pela categoria.

Segundo o presidente do sindicato, Marcelo Ceriotti, os aeronautas decidiram não iniciar a greve “em respeito aos usuários do transporte aéreo e pela fragilidade do sistema de aviação brasileira”.

Antes de chegar a um consenso com pilotos e comissários, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) já tinha fechado acordo com os aeroviários — funcionários de solo — de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas. Segundo o SNEA, estes trabalhadores representam aproximadamente metade da categoria no país.

É esperada uma movimentação recorde de passageiros nos aeroportos do país nesta sexta-feira, por conta das festas de Natal e Ano Novo e do aumento da demanda do setor aéreo.

“A expectativa é de que mais de 350 mil passageiros embarquem para o período de festas de final de ano, o que pode representar um recorde em termos de movimentação em um único dia”, afirmou, em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

“As companhias aéreas estão preparadas para a demanda e programaram as escalas de folga e de férias de suas equipes, inclusive as de call center, para minimizar qualquer possibilidade de transtorno durante os embarques. Além disso, 15 aeronaves reserva estarão disponíveis em terminais que formam os principais eixos de conexão com todo o país”, acrescentou a Abear.

Confira a íntegra da nota do SNA sobre o cancelamento da greve:

“Os aeronautas, categoria composta por pilotos, copilotos e comissários de voo, decidiram aceitar as propostas das companhias aéreas, encerraram o estado de greve e cancelaram a paralisação do setor, que estava prevista para iniciar nesta sexta-feira (20/12). A decisão foi tomada em Assembleia realizada hoje, 19, em cinco bases do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Depois de várias negociações entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), os tripulantes aceitaram reajuste salarial de 5,6% e diversos itens sociais para melhores condições de trabalho, como estabelecimento de piso salarial para copiloto e comandante; previsão de vale alimentação para quem recebe salário líquido até R$ 3.248,01; melhores condições de escala para as tripulantes num prazo de seis meses após o retorno da Licença Maternidade; passe livre (permite que os aeronautas da aviação regular utilizem voos domésticos das empresas congêneres).

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Marcelo Ceriotti, “em respeito aos usuários do transporte aéreo e pela fragilidade do sistema de aviação brasileira, decidimos cancelar a paralisação, mas vamos continuar nossa busca por melhores condições de trabalho e para o setor. Buscaremos junto ao governo um trabalho conjunto para implementação de melhorias sustentáveis para o sistema de aviação nacional”.

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