O que antes era apenas visitar um ponto turístico e tirar fotos evoluiu. Hoje, muita gente busca vivências que vão além do roteiro convencional
créditos: iStock / Saulo Gomes
O turismo de experiência cresce como uma forma de viajar com mais intenção, conexão e afeto pelo lugar visitado. Mais do que conhecer, a proposta é sentir.
Esse modelo de turismo convida o visitante a mergulhar na cultura local, participar de rituais, aprender receitas típicas, andar de canoa com um morador ribeirinho ou plantar com agricultores de pequena escala. Cada viagem se transforma em uma história para contar e não apenas uma lembrança visual.
O que define uma experiência autêntica?
Diferente do turismo tradicional, o turismo de experiência é construído a partir da troca. O visitante não apenas observa, mas interage de forma ativa com a rotina e os saberes de quem vive naquele território. Isso pode acontecer por meio de oficinas, trilhas guiadas por moradores, vivências em comunidades tradicionais ou eventos culturais locais.
Segundo o Sebrae, para que uma experiência seja considerada transformadora, ela precisa envolver o visitante de forma emocional e sensorial, deixando um impacto que vá além do passeio. É o tipo de viagem que muda, inclusive, a forma como se vê o mundo.
Onde vivenciar esse tipo de turismo?
O Brasil oferece diversos destinos voltados para o turismo de experiência, tanto em zonas rurais quanto urbanas. Um estudo realizado pela agência de SEO Conversion mapeou alguns desses destinos e seus respectivos volumes de buscas no Google durante o mês de julho de 2025. Confira algumas sugestões:
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Paraty (RJ): roteiros que incluem contação de histórias, cultura caiçara e roteiros de agricultura orgânica. Esse destino apresentou destaque de buscas entre os demais analisados, com mais de 84.000 buscas durante o mês de julho de 2025.
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Chapada Diamantina (BA): trilhas, cachoeiras e imersão em comunidades quilombolas. De acordo com o estudo, esse destino registrou 62.000 buscas no Google durante o período.
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Alter do Chão (PA): encontros com populações ribeirinhas e passeios por rios em barcos artesanais. Foram registradas 50.000 buscas para este destino no período coberto pelo estudo.
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Pirenópolis (GO): participação em festas populares, culinária típica e circuitos ecológicos. Com 46.000 buscas, o destino figurou entre os destaques do levantamento.
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Pedra Azul (ES): experiências de agroturismo, trilhas em meio à Mata Atlântica e visitas a propriedades de produção artesanal de queijos e cervejas. O destino teve um volume de buscas de 12.000 durante o período analisado.
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Vale do Jequitinhonha (MG): oficinas de cerâmica com artesãos locais e vivência cultural em vilarejos. O volume de buscas para o termo “vale do jequitinhonha” durante o período correspondeu a 4.400.
Além de destinos conhecidos, há roteiros menos óbvios com propostas igualmente envolventes, vale pesquisar coletivos e iniciativas locais antes de decidir.
Maranhão: imersão entre dunas, lagoas e tradições
Nos Lençóis Maranhenses, o turismo de experiência vai muito além de admirar a beleza das lagoas cristalinas entre as dunas. É possível fazer travessias a pé ou de barco, conhecer vilas como Atins e Santo Amaro, provar a culinária local com peixes e frutos-do-mar frescos e participar do dia a dia de comunidades pesqueiras.
Segundo o mesmo levantamento conduzido pela especialista em SEO, o termo “Lençóis Maranhenses” registrou 162.000 buscas no Google Brasil durante o mês de julho de 2025, confirmando sua presença de destaque no cenário do turismo nacional.
Muitas experiências incluem histórias contadas por moradores, oficinas de artesanato e vivências ligadas à preservação ambiental, tornando cada visita única e transformadora.
Conexão, memória e pertencimento
Viajar dessa forma também tem outro impacto: cria laços. Quem participa de uma colheita no campo ou aprende um canto tradicional com uma comunidade indígena volta diferente para casa. Não é só uma lembrança boa, é um sentimento de pertencimento que resiste ao tempo.
Essas experiências muitas vezes são conduzidas por pessoas que, além de conhecerem o lugar profundamente, vivem dele. A renda gerada pelo turismo é distribuída de maneira mais justa, incentivando o desenvolvimento das comunidades sem as descaracterizar.
Organização faz diferença
Como esse tipo de turismo demanda mais cuidado e alinhamento com as práticas locais, é importante se planejar. Buscar informações sobre o destino, respeitar os costumes da região e entender os limites da atuação como visitante são passos essenciais para que a experiência seja positiva para todos os envolvidos.
Muitas pessoas têm optado por pacotes de viagens voltados a experiências, justamente para otimizar o tempo e garantir vivências que respeitem o local. Eles também costumam incluir hospedagem, mediação com moradores e atividades específicas, o que ajuda a tornar a viagem mais fluida e enriquecedora.
Um jeito de viajar que transforma
O turismo de experiência está longe de ser apenas uma moda. Ele responde a uma vontade crescente de reconectar com o essencial, com o outro e consigo. Em tempos de pressa, desconexão e deslocamentos rasos, viver uma viagem com significado é uma forma potente de desacelerar e olhar o mundo de outro jeito e com mais tempo, escuta e verdade.
