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quinta-feira, julho 10, 2025
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Seguro viagem passa a ser obrigatório para a entrada na Argentina

O país é um dos principais destinos dos brasileiros nas viagens de inverno

Se você está planejando uma viagem à Argentina, prepare os casacos e o seguro saúde. Entrou em vigor, neste ano, uma nova regra do governo desse país que obriga todos os estrangeiros a apresentar, na entrada, um seguro de saúde ou seguro viagem com cobertura médica válida durante todo o período da estadia.

A medida, segundo as autoridades, busca proteger o sistema público de saúde argentino, que vinha absorvendo custos de atendimentos a turistas sem qualquer contrapartida financeira. E a regra não tem exceção: sem seguro, não entra.

A mudança chega no exato momento em que a conexão entre Brasil e Argentina bate recordes. Só Bariloche, principal destino de inverno do país, espera até 80 mil turistas brasileiros na temporada de 2025, de acordo com dados atualizados do Emprotur, órgão oficial de promoção turística. O número é impulsionado pela expansão da malha aérea, com mais voos diretos, aumento da conectividade e retomada do turismo internacional.

Para Hugo Reichenbach, sócio e diretor de operações da Real Seguro Viagem, a nova exigência faz todo o sentido, não só como regra, mas como garantia de segurança e economia para quem viaja.

“O seguro viagem deixa de ser apenas uma recomendação e passa a ser uma exigência formal. E, mais do que isso, é uma proteção real. A gente costuma planejar tudo na viagem — passagens, hotel, roteiro — mas ninguém planeja ficar doente ou sofrer um acidente. Quando acontece, faz toda a diferença estar amparado”, explica.

Relatórios do mercado mostram que os custos de um atendimento médico fora do Brasil podem ser mais altos do que muitos imaginam. Uma internação simples por fratura pode ultrapassar US$ 5 mil (cerca de R$ 27 mil) em clínicas privadas na Argentina. Uma evacuação médica de Bariloche até Buenos Aires, em casos mais graves, pode custar até US$ 20 mil.

Por outro lado, um seguro viagem com cobertura médica para toda a estadia sai, em média, entre R$ 10 e R$ 20 por dia, dependendo do plano e da idade do viajante. E cobre desde consultas, exames e internações até repatriação médica, traslado de corpo, extravio de bagagem e suporte jurídico, se necessário.

O que muda para quem viaja?

Além do seguro viagem obrigatório, seguem valendo as outras exigências de entrada na Argentina:

  • Documento válido: RG em bom estado (emitido há menos de 10 anos) ou passaporte.
  • Passagem de volta.
  • Comprovante de hospedagem ou carta-convite.
  • Comprovante de recursos financeiros para o período da viagem.
  • Certidão de antecedentes criminais (exigida em casos específicos de residência temporária, não para turistas).
  • Seguro Carta Verde, no caso de quem viaja dirigindo, seja de carro, moto ou motorhome.

Bariloche e a alta do turismo de inverno

A temporada de neve, que vai de junho a agosto, deve bater recordes este ano. Além de Bariloche, destinos como Mendoza, Ushuaia e San Martín de Los Andes também registram alta procura dos brasileiros.

“A Argentina continua sendo um dos destinos mais baratos para quem quer curtir neve na América do Sul. E agora, além de aproveitar as paisagens, a gastronomia e os esportes de inverno, o turista brasileiro precisa incluir na mala o seguro, que virou passaporte obrigatório”, reforça Hugo.

Se antes o seguro era item de prudência, agora virou item de imigração. E o lado bom é que, além de caber no bolso, ele cabe na tranquilidade de quem não quer transformar a viagem dos sonhos em dor de cabeça.

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