O setor de viagens corporativas no Brasil mantém estabilidade em 2025, com crescimento em áreas-chave, consolidando assim a recuperação iniciada em 2024.
São Paulo, Maio de 2025 – Com um faturamento de R$ 1,047 bilhão apenas em janeiro, o setor de viagens corporativas no Brasil mantém sua trajetória de crescimento em 2025. A projeção, divulgada pela FecomercioSP em parceria com a Alagev (Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), é de que o segmento alcance R$ 135 bilhões até o fim do ano. O resultado reforça a retomada sólida observada em 2024, quando o mercado movimentou R$ 131 bilhões — um crescimento de 5,5% em relação a 2023.
“Durante os primeiros cinco meses de 2025, o setor de viagens corporativas têm se mantido estável. Apesar de uma leve queda no faturamento geral em comparação com o mesmo período de 2024, áreas específicas, como hospedagem e transporte rodoviário, têm registrado desempenhos favoráveis”, afirma Manolo Domingos, especialista em viagens corporativas e diretor da Trip In Viagens Franchising.
Primeiro semestre começa com ritmo acelerado
Em janeiro de 2025, o setor registrou crescimento de 22% em relação a dezembro de 2024, mantendo-se estável na comparação com janeiro do ano anterior. Segmentos como hotelaria, locação de veículos e pacotes de viagens apresentaram resultados expressivos. O destaque ficou com o transporte rodoviário, que teve alta de 97% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). No entanto, nem todos os indicadores foram positivos. As receitas com serviços aéreos registraram uma queda de 4,7% no acumulado do trimestre e de 4,9% em março, na comparação com o mesmo período de 2024.
“As projeções para o fechamento do ano seguem otimistas, com estimativas de crescimento entre 5% e 10%.”, complementa Domingos.
Tendências moldam o novo perfil das viagens corporativas
Além dos números, o setor passa por transformações impulsionadas por mudanças no comportamento das empresas e dos viajantes. Entre as principais tendências, destacam-se:
Sustentabilidade e ESG
As práticas ambientais, sociais e de governança estão cada vez mais presentes nas estratégias de viagens de empresas que priorizam a compensação de carbono e firmam parcerias com fornecedores sustentáveis.
Tecnologia e Digitalização
O uso de plataformas integradas, inteligência artificial e análise de dados tem revolucionado a gestão de viagens corporativas, oferecendo mais controle, eficiência e personalização.
Bleisure e Modelos Híbridos
A fusão entre negócios e lazer — conhecida como bleisure — ganha força com o avanço dos modelos híbridos de trabalho. A prática vem sendo adotada por empresas como estratégia para promover bem-estar e retenção de talentos.
Segundo semestre: otimismo com cautela
O cenário atual aponta para uma fase de estabilidade no setor, marcada por um ritmo moderado de recuperação e crescimento. Embora o desempenho geral permaneça equilibrado, há variações importantes entre os segmentos. Enquanto hospedagem e transporte rodoviário seguem em trajetória ascendente, outros segmentos ainda enfrentam desafios para retomar os patamares pré-pandemia.
“O setor de viagens corporativas, embora não tenha apresentado um crescimento expressivo no primeiro semestre, demonstra resiliência e capacidade de adaptação, com alguns segmentos em destaque e expectativas positivas para o futuro”, conclui Manolo Domingos.
Sobre Manolo Domingos
Formado em Direito com MBA em Marketing e mais de 10 anos de experiência no setor de turismo corporativo e eventos, Manolo Domingos atuou como Coordenador de Turismo no Centro Nacional de Congressos, onde gerenciou importantes operações. Em seguida, fundou a Alianza Turismo e Eventos, consolidando sua trajetória empreendedora. Atualmente, como Diretor da Trip In Viagens Franchising, lidera operações estratégicas com foco na expansão da base de clientes e na solidificação de parcerias, posicionando a empresa como uma referência no mercado.
