A Orla Rio, concessionária responsável pela administração de mais de 300 quiosques e 27 postos de salvamento do Leme à Prainha; e a Orla Brasil, empresa dedicada ao desenvolvimento de orlas e parques urbanos em todo o país, marcam presença na expedição “Brasil Paraíso Restaurável – A Jornada rumo à COP30”, e embarcam em uma travessia que une ciência e prática. A expedição, idealizada pela Fundação Toyota do Brasil, conecta pesquisadores e gestores para transformar conhecimento em ação.
A ação, que parte da Serra da Mantiqueira e segue até Belém, no Pará, representa uma mobilização nacional em prol da restauração ecológica e cultural do Brasil. Por meio de inventários ambientais, análises de paisagem e engajamento comunitário, o projeto visa transformar conhecimento em ação, restaurando a harmonia entre natureza e sociedade.
Primeira parada: Prainha e o modelo Orla Rio
A jornada teve sua parada inicial simbólica na Prainha, primeira praia do Rio com o Selo Bandeira Azul e considerada um ícone nacional de sustentabilidade costeira. Lá, a equipe da expedição conheceu de perto os principais desafios da região, assim como o compromisso da Orla Rio e da Orla Brasil com o futuro da sustentabilidade no país.
A visita, realizada em 21 de outubro, foi marcada por um café da manhã no quiosque Soul Prainha, seguido da entrega simbólica de uma garrafa que guarda o manifesto “Da Orla nasce o futuro” — um compromisso público no qual a Orla Rio e a Orla Brasil reafirmam o propósito de seguir aprendendo, evoluindo e agindo para transformar cada praia em um símbolo de convivência e sustentabilidade.
A Orla Rio já conta com uma sólida plataforma ESG, o Orla Impacto, que reúne iniciativas como o ECOA Orla (maturidade sustentável dos quiosques), o Recicla Orla (gestão de resíduos e economia circular), o Restinga Viva (recuperação da vegetação nativa) e o uso de energia limpa em diversos quiosques da rede.
“Nossa participação nesta expedição reforça o compromisso da Orla Rio e da Orla Brasil com o tema. A Prainha, primeiro ponto da jornada, é mais que uma parada simbólica — é um laboratório vivo do equilíbrio entre turismo, natureza e gestão responsável. Por isso, é fundamental integrarmos esta expedição, que marca o início da construção de uma ponte entre pesquisa de campo e práticas sustentáveis aplicadas às orlas brasileiras. Estamos sempre empenhados em aprender e a evoluir junto com a ciência, que reconhece e se conecta com essas práticas aplicadas no dia a dia para que, juntos, possamos desenhar um futuro mais sustentável para todas as orlas do país”, afirma João Marcello Barreto, presidente da Orla Rio e Orla Brasil.
Salvador: a Orla Brasil e a revolução urbana de Pituaçu
Já na capital baiana, a expedição encontra a equipe da Orla Brasil, responsável pela transformação da orla de Pituaçu — primeiro trecho de praia urbana do Brasil em processo de certificação Lixo Zero. No local, os pesquisadores poderão observar alguns dos desafios da região, como a alta concentração de salitre (forma corrosiva do cloreto e sulfato trazidos pela brisa do mar), que acaba dificultando o crescimento de muitas espécies vegetais.
A Orla Brasil recepciona a expedição no dia 23/10 para um debate técnico sobre quais iniciativas são viáveis para a região. Além disso, a integração entre comunidade e meio ambiente fará parte da conversa, com destaque para o senso de pertencimento dos moradores e profissionais locais e sua capacidade de gerar avanços nas cadeias produtivas e ainda conscientizar para o consumo consciente.
“Participar da expedição reafirma nossa preocupação com a preservação dos nossos ecossistemas costeiros e urbanos. Acreditamos que a gestão responsável dos espaços públicos deve caminhar junto com a ciência e a educação, criando um legado positivo para as regiões onde atuamos. Fazer parte dessa jornada rumo à COP30 é contribuir para um futuro mais sustentável e integrado entre pessoas, natureza e cidades”, diz Guilherme Borges, vice-presidente executivo da Orla Brasil.
A expedição segue por Natal (RN) onde as rotas se unem. O encontro marca o início da travessia conjunta até Belém, integrando representantes da Orla Rio e Orla Brasil, que embarcam no veleiro junto à equipe científica e seguem viagem até a Amazônia.
A bordo, o diálogo entre pesquisa e gestão se intensifica, transformando o navio em um espaço de aprendizado colaborativo e construção de soluções práticas para os desafios costeiros.
O veleiro atraca no píer da Universidade Federal do Pará (UFPA), marcando a chegada das expedições ao coração da Amazônia. Belém recebe a jornada como símbolo da união entre ciência, cultura e desenvolvimento sustentável.
Rumo à COP30: ciência, cultura e transformação
A expedição culmina na COP30, em Belém, com o objetivo de abrir espaço para trocas de experiências entre cientistas, gestores, comunidades e formuladores de políticas públicas. Durante duas manhãs consecutivas, Orla Rio e Orla Brasil recebem convidados e entidades internacionais a bordo do veleiro para rodas de conversa sobre sustentabilidade e inovação.
As atividades são realizadas em parceria com o GreenNova Hub e a International Cleantech Network (ICN) — rede global presente em mais de 30 países. Os debates abordam temas como água, turismo e eventos sustentáveis, gestão de resíduos e simbioses industriais, reunindo especialistas do Brasil e do exterior.
A presença de uma comitiva da Dinamarca reforça a cooperação internacional e amplia o alcance das iniciativas brasileiras em escala global.
Após a conferência, a jornada se encerra em São Paulo com a inauguração da Exposição Fotográfica “Brasil Paraíso Restaurável – A Expedição”, composta por imagens registradas ao longo do trajeto entre a Mantiqueira e a Amazônia.
Mais do que o fim de uma jornada, a expedição inaugura um novo tempo para as orlas brasileiras — um tempo em que ciência e gestão caminham lado a lado, provando que cuidar do litoral é cuidar do futuro.
