Suelen Miura, especialista em turismo, orienta sobre remédios que podem causar problemas no exterior
São Paulo, abril de 2025 – Viajar para o exterior exige muito mais do que planejamento de roteiro, passagens e passaporte em dia. Um detalhe muitas vezes negligenciado pode colocar o turista em uma situação delicada — e até ilegal: o transporte de medicamentos comuns no Brasil, mas proibidos em diversos países.
O que muitos brasileiros não sabem é que medicamentos amplamente utilizados por aqui, como Dipirona, Rivotril e Tramadol, são considerados substâncias controladas ou proibidas em lugares como Estados Unidos, Japão, Emirados Árabes, Austrália e vários países da Europa.
“Nós pensamos na mala, nos looks, mas esquecemos da farmacinha. É fundamental verificar se os remédios que você toma são permitidos no destino, porque em muitos países o que aqui é uso comum, lá pode ser crime”, alerta Suelen Miura, empresária e agente de viagens com mais de 20 anos de atuação no setor.
Medicamentos comuns no Brasil que podem causar problemas fora do país:
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Dipirona
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Rivotril (Clonazepam)
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Ritalina (Metilfenidato)
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Valium (Diazepam)
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Lisdexanfetamina
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Tramadol (Cloridrato de Tramadol)
Em muitos destinos, a posse dessas substâncias sem a documentação correta pode resultar em multa, apreensão do medicamento, deportação ou até prisão.
“Sempre recomendo um checklist médico antes da viagem: consultar a embaixada do país de destino, levar a prescrição médica traduzida e, em alguns casos, obter uma autorização especial com antecedência”, explica Suelen.
Além disso, muitos países exigem que os medicamentos estejam na embalagem original, com dosagem visível e identificação do paciente. Levar comprimidos soltos em estojos ou sem receita médica pode levantar suspeitas.
Dicas para evitar problemas com remédios em viagens internacionais
Para evitar problemas com remédios em viagens internacionais, é essencial se informar com antecedência sobre as regras sanitárias do país de destino. Sempre leve os medicamentos na embalagem original, com o nome legível, e carregue uma prescrição médica traduzida, preferencialmente para o inglês. No caso de uso contínuo, é recomendável ter em mãos uma declaração médica justificando o tratamento. Além disso, vale a pena verificar junto à embaixada ou consulado se é necessário obter alguma autorização especial para entrar no país com determinados medicamentos. Esse cuidado pode evitar transtornos sérios durante a viagem.
“É sempre melhor prevenir do que tentar resolver um problema longe de casa, em outro idioma e sob outras leis. A preparação da nécessaire é parte essencial do planejamento de qualquer viagem internacional”, conclui Suelen Miura.
Sobre Suelen Miura
Suelen Miura é formada em turismo e uma das agentes de viagem mais respeitadas do interior paulista, com 20 anos de experiência no turismo de lazer e receptivo. Ao longo de sua carreira, visitou 38 países, sempre em busca de ampliar seus conhecimentos e oferecer novas experiências aos seus clientes. Cidadã do mundo, viveu em várias cidades e passou um ano no Japão aos 18 anos.