Anúncio foi feito pela companhia aérea nesta segunda-feira (22); entenda
A LATAM Airlines anunciou nesta segunda-feira (22) a compra de 24 aeronaves E195-E2 da Embraer, além de 50 opções adicionais de compra. O negócio, avaliado em cerca de US$ 2,1 bilhões, pode mudar o cenário do transporte aéreo na América do Sul, trazendo mais conectividade, maior eficiência e benefícios diretos para quem voa.
Com os novos jatos, que começam a ser entregues no segundo semestre de 2026, a companhia aérea terá condições de ampliar sua malha em rotas de menor demanda, mas estratégicas para aproximar cidades brasileiras e destinos regionais.
“A nova frota da Embraer pode aprimorar a experiência dos passageiros em vários aspectos. Os E195-E2 são conhecidos por oferecerem um voo mais silencioso, com menor emissão de ruído na cabine e vibração reduzida. A aeronave também conta com assentos mais confortáveis e janelas maiores, proporcionando um ambiente de cabine mais agradável”, explica Marcial Sá, advogado do Godke Advogados e mestre em Direito Aeronáutico pela Universidade de Lisboa (Portugal).
Para o especialista, o aumento da frota pode resultar em maior frequência de voos e abertura de novas rotas, o que beneficia os passageiros com mais opções de destinos e horários. “A eficiência operacional da aeronave, que tem um consumo de combustível cerca de 25% menor, pode se refletir em passagens aéreas mais acessíveis a longo prazo, contribuindo para a democratização do transporte aéreo”, acrescenta Sá.
Na mesma linha, o advogado Rodrigo Alvim, especialista em Direito do Passageiro Aéreo e mestre em Direito pela PUC/MG, entende que são aeronaves novas, que podem servir para ampliar rotas ou modernizar a frota da companhia, mas com um adendo. “Isso representa uma experiência e um aspecto positivo para o passageiro. É evidente que essa compra gera custos para a companhia, o que pode, embora não necessariamente, levar ao aumento do preço das passagens”.
Aspectos de contrato e regulamentações
Do ponto de vista jurídico, a compra de novas aeronaves implica em uma série de contratos e regulamentações. “O principal é o contrato de compra e venda entre a LATAM e a Embraer, que detalha cronogramas de entrega, condições de pagamento, cláusulas de penalidade por atrasos e especificações técnicas. A LATAM também precisará formalizar contratos de financiamento, que podem envolver leasings, financiamentos de longo prazo e outras operações de crédito”, explica Marcial Sá.
Operacionalmente, a chegada dos E195-E2 trará mudanças significativas. A LATAM terá que adaptar sua malha aérea e sua estratégia de rotas, que é uma das principais razões para a compra desses aviões. “Esses modelos são ideais para rotas de média e alta densidade, o que pode otimizar a operação da companhia, especialmente em aeroportos regionais e em mercados que não justificam a operação de aeronaves de maior porte como o Airbus A320. A empresa também precisará treinar seus pilotos e equipes de manutenção, bem como ajustar a sua base de manutenção para incluir os novos aviões”, conclui o especialista em Direito Aeronáutico.
Fontes:
Marcial Sá – advogado internacionalista do Godke Advogados e mestre em Direito Aeronáutico pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Portugal).
Rodrigo Alvim – advogado especialista em Direito do Passageiro Aéreo. Mestre em Direito pela PUC/MG. Possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
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