- O EBIT ajustado dos primeiros nove meses aumentou 300 milhões de euros em relação ao ano anterior.
- Melhoria contínua no controle de custos graças à implementação consistente do Programa de Recuperação da Lufthansa Airlines.
- A Lufthansa Cargo mantém a tendência positiva.
- Níveis recordes de satisfação dos funcionários em todo o grupo.
- Demanda estável por produtos premium e alto número de reservas antecipadas para o quarto trimestre.
Carsten Spohr, Presidente do Conselho Executivo e CEO da Deutsche Lufthansa AG:
“Nossa avaliação do terceiro trimestre é, no geral, positiva. Tivemos o melhor verão em termos de operações de voo da última década, com regularidade superior a 99% e uma melhoria de dois dígitos na pontualidade. Ao mesmo tempo, as tão aguardadas entregas de aeronaves estão finalmente ganhando ritmo, assim como as extensas melhorias de produto em nossas frotas de longa distância. Em combinação com inúmeras inovações digitais, serviços aprimorados e lounges recém-projetados, a satisfação dos passageiros aumentou significativamente no terceiro trimestre. Com a satisfação dos funcionários também atingindo novos patamares em todo o Grupo, 2025 marca um ponto de virada positivo. Isso também se aplica aos nossos custos unitários no segundo semestre do ano, que estão apresentando um desempenho significativamente melhor do que nos trimestres anteriores, graças à rigorosa gestão de custos e a diversas medidas de eficiência. Além disso, a demanda permanece estável, com o segmento premium continuando particularmente forte, e a perspectiva de reservas para o quarto trimestre é positiva. Mesmo que devamos continuar trabalhando intensamente na recuperação de nossos negócios principais e na eficiência de nossas companhias aéreas, podemos confirmar hoje nossa previsão de uma melhora significativa nos resultados em 2025. No entanto, permanecemos…” Preocupa-nos que a Alemanha, como local para negócios, esteja a beneficiar cada vez menos do nosso sucesso, como demonstra o facto de os voos domésticos na Alemanha terem diminuído para metade desde 2019 devido ao aumento dos custos regulamentares.”
Resultados
No terceiro trimestre, o Grupo Lufthansa aumentou sua receita em 4% em relação ao ano anterior, atingindo 11,2 bilhões de euros (ano anterior: 10,7 bilhões de euros). Este foi o trimestre de maior faturamento da história do Grupo Lufthansa. A empresa gerou um lucro operacional (EBIT ajustado) de 1,3 bilhão de euros, em linha com o ano anterior. A margem operacional para este período foi de 11,9% (ano anterior: 12,5%). O lucro operacional nos primeiros nove meses do ano totalizou 1,5 bilhão de euros, um aumento de 300 milhões de euros em relação ao ano anterior.
O lucro líquido consolidado caiu para 1,0 bilhão de euros no terceiro trimestre, 12% abaixo do nível do ano anterior. Nos primeiros nove meses do ano, houve melhora, atingindo cerca de 1,1 bilhão de euros (ano anterior: 830 milhões de euros).
As companhias aéreas de passageiros melhoram significativamente os resultados nos primeiros nove meses.
No terceiro trimestre, as companhias aéreas do Grupo Lufthansa receberam a bordo cerca de 42 milhões de passageiros (ano anterior: 40 milhões). Apesar de um aumento de 3% na capacidade de assentos, a taxa de ocupação no terceiro trimestre subiu ligeiramente em relação ao ano anterior, para 87,5%.
A receita total das companhias aéreas de passageiros subiu para 8,9 bilhões de euros no terceiro trimestre (ano anterior: 8,8 bilhões de euros). As companhias aéreas geraram um lucro operacional de 1,2 bilhão de euros, em linha com o nível do ano anterior.
Nos primeiros nove meses do ano, a receita das companhias aéreas de passageiros totalizou 23 bilhões de euros, representando um crescimento de cerca de três por cento em comparação com o ano anterior. O EBIT ajustado apresentou uma melhora significativa, atingindo 914 milhões de euros (ano anterior: 825 milhões de euros). O resultado positivo deve-se principalmente à redução dos custos com combustível, ao aumento do retorno sobre o investimento em ações e à ausência do impacto financeiro das greves ocorridas no ano anterior.
A estabilização das operações de voo nos primeiros nove meses também teve um efeito positivo. A pontualidade melhorou em 10 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. A regularidade dos horários de voo foi de 99%. Isso reduziu o ônus financeiro resultante de irregularidades nos voos em mais de 200 milhões de euros em comparação com o ano anterior.
A receita por assento-quilômetro disponível (RASK) para companhias aéreas de passageiros caiu 2,2% no terceiro trimestre devido ao ambiente altamente competitivo no mercado da Europa continental e à esperada desaceleração temporária da demanda no Atlântico Norte.
Em contrapartida, o aumento nos custos unitários (CASK), excluindo despesas com combustível e emissões, foi significativamente mitigado. Embora a inflação de custos em todo o setor, impulsionada principalmente por custos de localização e pessoal, continue, o aumento nos custos unitários foi reduzido para 0,5% em comparação com o ano anterior. Isso se deve à disciplina geral de custos e aos efeitos positivos iniciais da implementação consistente do Programa de Recuperação da Lufthansa Airlines. As medidas de redução de custos implementadas este ano contribuíram para uma redução de 1,4 ponto percentual no aumento dos custos unitários da Lufthansa Airlines.
Além disso, o baixo preço do petróleo, sustentado pela fraca valorização do dólar americano, levou a uma redução nos custos de combustível.
A Lufthansa Cargo aumenta significativamente seus lucros.
A Lufthansa Cargo manteve a tendência positiva do primeiro semestre no terceiro trimestre, gerando um lucro operacional de 49 milhões de euros (ano anterior: 38 milhões de euros). Além da sólida demanda de mercado e do aumento dos volumes, o resultado reflete o foco constante em um núcleo competitivo e em um crescimento rentável e sustentável.
Em contrapartida, a Lufthansa Technik registrou uma queda no lucro operacional para 130 milhões de euros no terceiro trimestre (ano anterior: 161 milhões de euros), apesar da demanda persistentemente forte e do crescimento da receita devido às tarifas e aos efeitos cambiais negativos. As iniciativas já implementadas para mitigar os efeitos negativos das tarifas estão sendo mantidas de forma consistente.
O fluxo de caixa livre ajustado aumentou significativamente e o balanço patrimonial se fortaleceu.
A melhoria dos resultados operacionais e os reembolsos de impostos aumentaram o fluxo de caixa operacional da empresa. Juntamente com um menor volume de investimentos, principalmente devido a atrasos na entrega de aeronaves, isso beneficiou o desenvolvimento do fluxo de caixa livre ajustado.
Com 1,8 bilhão de euros, o Grupo gerou quase o dobro do fluxo de caixa livre ajustado nos primeiros nove meses em comparação com o ano anterior (ano anterior: 1,0 bilhão de euros). No terceiro trimestre, o valor foi de 818 milhões de euros (ano anterior: 128 milhões de euros).
A dívida líquida continuou a diminuir em comparação com o final de 2024, situando-se agora em 5,1 mil milhões de euros (31 de dezembro de 2024: 5,7 mil milhões de euros). As obrigações líquidas com pensões diminuíram 440 milhões de euros, para 2,1 mil milhões de euros, devido à taxa de desconto mais elevada. A liquidez disponível do Grupo aumentou 900 milhões de euros, para 11,9 mil milhões de euros, em comparação com o início do ano.
Till Streichert, Diretor Financeiro da Deutsche Lufthansa AG:
“Apesar da fraca demanda no terceiro trimestre, conseguimos manter o rumo, o que nos permite reafirmar hoje nossa previsão para o ano todo. O quarto trimestre, que é particularmente importante para a Lufthansa Cargo, ainda está por vir. No entanto, estamos confiantes de que conseguiremos atingir o significativo crescimento de lucros anunciado para 2025, principalmente porque o cenário de demanda para nossas companhias aéreas de passageiros parece muito mais positivo no quarto trimestre. 2026 será marcado por um crescimento disciplinado da capacidade, com foco em nossos voos de longa distância. Além disso, a implementação consistente do Programa de Recuperação da Lufthansa está no topo de nossa agenda.”
A satisfação dos funcionários melhorou visivelmente.
A pesquisa anual de funcionários realizada em todo o grupo, “envolva-me!”, apresentou resultados positivos. O índice de engajamento, que reflete diversos fatores como motivação, satisfação e atratividade da empresa, atingiu um valor médio de 3,9, o nível mais alto desde que a mensuração foi introduzida há dez anos, exceto pela situação excepcional durante a pandemia.
Panorama
As reservas antecipadas para o quarto trimestre indicam um ambiente de demanda mais estável para todas as regiões de tráfego. Com base no status atual das reservas, tanto a taxa de ocupação quanto os rendimentos médios estão praticamente em linha com o ano anterior. Uma estabilização crescente também pode ser observada nas importantes regiões de tráfego do Atlântico Norte e da Europa.
Apesar das incertezas globais em curso, o Grupo Lufthansa confirma sua previsão para o ano completo e, com um crescimento de capacidade em torno de quatro por cento, espera um resultado operacional (EBIT ajustado) significativamente superior ao do ano anterior (ano anterior: 1,6 bilhão de euros).
A empresa continua a prever que o fluxo de caixa livre ajustado se mantenha no mesmo nível do ano anterior (ano anterior: 840 milhões de euros). Este valor inclui investimentos líquidos, principalmente para a renovação da frota em curso, entre 2,7 e 3,3 mil milhões de euros.
