Memorando de entendimento assinado no início do ano prevê cooperação mútua em pesquisas voltadas à descarbonização do setor aéreo
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) recebeu nesta segunda-feira (13) a visita de representantes da Universidade de Aviação Civil da China (Cafuc), instituição reconhecida pela expertise técnica e científica em aviação, ações de sustentabilidade, inovação e pesquisa aplicada. O encontro, realizado na sede da pasta, é a primeira atividade prevista no memorando de entendimento assinado em abril deste ano para promover a troca de conhecimento, tecnologias e experiências.
O secretário executivo do ministério, Tomé Franca, avalia como positiva a parceria com a universidade chinesa. “Precisamos investir em tecnologia e inovação para estimular a produção do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e a Cafuc demonstra ser uma ótima parceira para desenvolvermos estudos com potencial para impactar a aviação nos dois países. Compartilhamos a mesma visão de que o desafio da descarbonização do setor é um desafio global”, afirmou.
A visita da comitiva chinesa integra a programação do MPor ligada à agenda de descarbonização e preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). Para o professor Weiping Li, cientista chefe da Cafuc, os dois países mantêm uma boa relação que ajudará na troca de projetos em sustentabilidade. “Temos pesquisas, práticas e experiências já implantadas na China que poderão ser aplicadas no Brasil. As iniciativas brasileiras na produção de etanol, por exemplo, nos ajudariam no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis”, explicou.
O memorando assinado entre os dois países prevê o intercâmbio de informações técnico-científicas sobre temas associados à SAF, a realização de eventos de disseminação do conhecimento e o treinamento de profissionais em temas associados à sustentabilidade na aviação civil.
A comitiva chinesa ainda cumprirá agenda no Brasil com visitas ao Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Embrapa e Universidade de São Paulo.