O setor de turismo de aventura, que engloba atividades como trilhas, escaladas e esportes radicais, tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil. No entanto, a ausência de regulamentação e de fiscalização adequadas coloca em risco a segurança de turistas e profissionais envolvidos nessas práticas. O recente episódio no Leme, no Rio de Janeiro, em que uma ventania surpreendeu mais de 100 praticantes de stand up paddle, resultando em 73 resgates pelos bombeiros e oito pessoas precisando de atendimento médico, evidencia a urgência do tema.
Segundo Fábio Nahon, sócio-diretor da agência de turismo Pineapples e diretor de Relações com Investidores da Associação Brasileira de Locação por Temporada (ABLT), a precariedade das normas expõe os praticantes a riscos evitáveis e ameaça a reputação de todo o setor. “Enquanto não houver uma regulamentação adequada, o setor permanecerá suscetível a incidentes que poderiam ser evitados com protocolos mínimos de segurança e de operação”, afirma. Para ele, a criação de diretrizes claras é fundamental para promover segurança, organização e profissionalização no turismo de aventura.
A regulamentação do turismo de aventura envolve a definição de normas mínimas de segurança, a exigência de qualificação técnica para profissionais e empresas, além da verificação de cadastros oficiais antes da contratação das atividades. Mais do que prevenir acidentes, essas medidas fortalecem a credibilidade do mercado, aumentam a confiança dos turistas e impulsionam o desenvolvimento sustentável do setor.
Atualmente, o turismo de aventura cresce no país impulsionado pela busca por experiências únicas, contato com a natureza e atividades que estimulam a saúde física e mental. Porém, segundo o especialista, enquanto a regulamentação não avançar, casos como o do Leme continuarão a expor falhas graves de segurança, colocando vidas em risco e impedindo que o setor alcance todo o seu potencial econômico e social. “A ausência de normas claras compromete não apenas a segurança dos participantes, mas também a previsibilidade jurídica e a confiança dos investidores, fatores essenciais para o desenvolvimento sustentável da atividade”, acrescenta Fábio Nahon.
Sobre Abacaxis
Pineapples é uma agência de viagens focada em hospitalidade. A empresa utiliza ferramentas inovadoras para gerar tendências e oferecer suporte ao hóspede e ao espaço de locação do início ao fim: desde a emissão de passagens aéreas até traslados, passeios e seguros