A qualificação de mão de obra capaz de atuar no segmento de hospitalidade no Brasil é peça central para manter o crescimento do setor e, para alcançar esse objetivo, é vital que grandes projetos educacionais sejam implementados no país.
O momento é oportuno. Segundo o Ministério do Turismo, 2024 contou com quase 6,7 milhões de pessoas que tiveram a chance de conhecer belezas naturais e pontos culturais ao redor do Brasil, uma alta de 14,6% em relação a 2023.
Já o número de pessoas buscando e conseguindo vagas para trabalhar na área segue crescendo. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado no final de abril, revelam que, apenas no primeiro trimestre de 2025, foram abertas 62.481 vagas com carteira assinada em atividades ligadas ao turismo. Desse total, cerca de 27 mil vagas foram ocupadas por profissionais atuando em atividades de alojamento e alimentação, o que equivale a quase a metade de todas as vagas abertas no período.
Para Aline Ribeiro, diretora de Projetos de Educação de MARAEY, empreendimento turístico de alto luxo em desenvolvimento a cerca de 45 quilômetros da cidade do Rio de janeiro, na região de Maricá/RJ, a educação de excelência é a chave para oferecer uma experiência única ao turista que vem conhecer o Brasil e garantir que, desta forma, ele volte com frequência ao país e o elogie para seus amigos e familiares. “Somos reconhecidos como um povo acolhedor e atencioso”, afirma. “No entanto, esse é apenas o ponto de partida rumo à excelência no atendimento ao turista”, garante.
Aline está à frente da implementação do MARAEY Hospitality Business School, um campus universitário para 700 estudantes de diversas nacionalidades, que oferecerá bacharelado, MBA e cursos profissionalizantes em áreas como gastronomia, hospitalidade e negócios, todos em parceria com o Grupo Ecole Hôtelière de Lausanne (EHL), líder em gestão de hospitalidade e referência global em excelência acadêmica.
O MARAEY Hospitality Business School, que em 2024 recebeu o prêmio de melhor projeto de usos públicos do mundo pelo International Property Awards, oferecerá aos alunos uma educação abrangente e reconhecida mundialmente, capacitando-os com o conhecimento técnico e prático, as habilidades e a liderança essenciais para o sucesso no setor de hospitalidade em nível gerencial.
Para isso, dentro do empreendimento MARAEY será construído um campus universitário com salas de aula e residências para os alunos. “A ideia é criar um espaço onde os estudantes estejam sempre imersos e capazes de aprender de forma contínua, assimilando assim os padrões de excelência esperados na atuação deste segmento”, garante.
Já a Junior Academy, também prevista na fase inicial do projeto, será uma experiência transformativa para jovens estudantes de 15 a 18 anos, no formato de colônia de férias, oferecendo módulos de nível universitário para estimular o aprendizado de competências transversais e com desafios reais ligados ao setor hoteleiro, turismo e mercado de luxo.
O local contará também com cozinhas profissionais e diversos pontos de alimentação onde será possível aprender todas as etapas necessárias para garantir uma experiência culinária de alto nível. “Construiremos uma réplica do renomado Berceau des Sens, o restaurante-escola do campus EHL premiado com uma estrela Michelin, propondo uma gastronomia de luxo para quem aprende e saboreia”, acrescenta Aline.
Além disso, MARAEY estuda uma parceria inédita entre a ONU Turismo e EHL para oferecer cursos de educação vocacional e treinamento com um objetivo ambicioso de preparar mais de 150 mil alunos em diversas frentes. Com duração de 6 a 18 meses de duração, os cursos irão abranger cinco competências diferentes: culinária, alimentos e bebidas, acomodação, administração e atendimento ao cliente.
Para Aline, as ações em andamento vão permitir que a vocação natural do brasileiro se encontre com a preparação técnica de qualidade, o que levará a um ciclo de transformação no setor que culminará em um legado para futuras gerações de profissionais da área. “Essas ações são essenciais, pois ajudam a eliminar um importante gargalo no segmento turístico brasileiro, que é a falta de mão de obra contínua e qualificada”, avalia. “Com o campus em atividade, garantiremos um impacto positivo e sustentável no desenvolvimento econômico e social do segmento turístico”.
