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sexta-feira, julho 25, 2025
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Durante as férias, programas de fidelidade aéreos ganham destaque e impulsionam o mercado de viagens

*Por Aluísio Cirino

No Brasil, os programas de fidelidade começaram a ganhar relevância muito antes do que se imagina, e tudo começou com o setor aéreo. Smiles, TudoAzul e Latam Pass ajudaram a educar o consumidor sobre o valor do acúmulo de pontos e, principalmente, sobre o poder de transformar o consumo do dia a dia em experiências inesquecíveis, como uma viagem.

Não à toa, o mercado de fidelização ligado a companhias aéreas registrou um recorde em 2024, com faturamento de R$21,9 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). Esse número representa um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior, impulsionado por um consumidor cada vez mais engajado e exigente que já entende a lógica de troca por recompensas e valoriza experiências tangíveis.

Na minha experiência e acompanhando o setor todos os dias, essa tendência se confirma de maneira clara, especialmente em períodos como julho, quando o calendário escolar estimula uma demanda crescente por viagens, passagens e lazer. Já em junho, por exemplo, os programas de fidelidade que acompanho teve o Booking como a terceira marca mais consumida entre os usuários. É o reflexo direto da intenção de compra voltada para férias, com os consumidores atentos a como seus pontos podem se transformar em momentos de descanso e diversão.

Mais do que uma recompensa, uma viagem tem valor emocional. Quando um programa de fidelidade ajuda uma família a embarcar em suas férias ou permite que alguém conheça um novo destino com mais economia, isso gera conexão com a marca, confiança e um sentimento de gratidão.

Nesse contexto, a integração com grandes companhias aéreas tem se mostrado uma alavanca importante para os programas de fidelidade. Um dos exemplos recentes é a possibilidade de transferir pontos para o programa da Azul Linhas Aéreas, uma parceria que deve ganhar ainda mais força com as campanhas de julho, que trarão até 90% de bônus na transferência de pontos. Com o consumidor cada vez mais habituado a esse tipo de operação, as chances de engajamento são altas e o potencial de gerar valor para as empresas, ainda maior.

Outro ponto que merece destaque é como essas recompensas de viagem estão sendo incorporadas por setores diversos, como bancos, grandes varejistas, clubes de assinatura e até associações corporativas. O resultado é um ecossistema de fidelização mais robusto, no qual o consumidor pode acumular pontos em diferentes contextos e trocá-los por benefícios altamente desejados, como uma passagem aérea ou hospedagem.

Por fim, julho promete ser um mês movimentado nesse sentido. E mais do que movimentar o mercado, o que me anima é ver como os programas de fidelidade continuam evoluindo, conectando tecnologia, estratégia e experiência para entregar algo que vai além do desconto: entregam memórias.

*Aluísio Cirino é CEO e fundador da Alloyal, Loyalty Tech que entrega mais vendas, engajamento e retenção de usuários para empresas por meio de soluções personalizadas

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