Com foco em conforto, qualidade, ética e personalização, empresa quer posicionar o Brasil como referência internacional no turismo médico estruturado
O Brasil é amplamente reconhecido por sua excelência médica e hospitalidade, mas ainda enfrenta desafios quando se trata de receber pacientes de fora com a estrutura e o acolhimento que um turista de saúde espera. Apesar da crescente demanda por procedimentos estéticos, odontológicos e reprodutivos, o país ainda carece de um modelo profissionalizado que integre saúde, logística e experiência. É justamente nesse espaço que surge a Hale Health Concierge, empresa especializada em organizar a jornada completa de quem vem a São Paulo em busca de tratamento — seja estrangeiro ou brasileiro de outros estados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mais de 2 milhões de pessoas realizaram cirurgias plásticas no Brasil em 2023, superando os números de 2018, que giravam em torno de 1,5 milhão por ano. No caso da odontologia, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial, com cerca de 19% dos dentistas do planeta, segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO). O país, portanto, é referência técnica — mas até recentemente faltava estrutura para transformar esse potencial em uma experiência organizada e humanizada para o paciente viajante.
A Hale nasceu para preencher essa lacuna. A empresa foi idealizada em 2020 por Amanda Ferraz, durante sua atuação em um projeto de expansão de clínicas de dermatologia. Em 2024, a ideia ganhou forma no trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em Marketing e Negócios de Luxo da ESPM, ao lado das sócias Silvana Sena e Alice Pinho. “Durante a pesquisa e a vivência no mercado, percebi o tamanho da demanda e a ausência de soluções estruturadas para esse público. O Brasil é destaque em saúde, mas ainda não tem um modelo consolidado de turismo médico como a Turquia ou a Colômbia”, explica Amanda, sócia responsável pela estratégia da Hale.
Com um modelo de concierge médico, a Hale oferece uma solução completa: curadoria ética e rigorosa de médicos parceiros, agendamento de exames e cirurgias, tradução, transporte executivo, hospedagem, suporte pós-operatório e até experiências como turismo cultural, personal shopper, chef de cozinha e acompanhamento psicológico. “Temos pacientes que ficam semanas no Brasil. Não é só sobre cirurgia — é sobre cuidado, tranquilidade e bem-estar ao longo de toda a jornada”, afirma Silvana, sócia responsável pela operação.
Embora o foco principal seja o atendimento a estrangeiros, a empresa também tem atraído brasileiros de outros estados que se deslocam a São Paulo para realizar procedimentos seletivos. “É cada vez mais comum ver pacientes de Salvador, Recife ou Curitiba vindo para cirurgias, tratamentos de fertilidade ou harmonização estética. Esses pacientes também precisam de suporte completo”, comenta Alice, que cuida da comunicação e do marketing da empresa.
A Hale atua em dois modelos: captação direta de pacientes no exterior e atendimento a clínicas e médicos brasileiros que já recebem pacientes internacionais, mas não dispõem de estrutura para oferecer uma experiência personalizada. Em ambos os casos, a empresa assume toda a gestão logística do processo.
Com poucos meses de operação formal, a Hale já atendeu pacientes dos Estados Unidos, Europa e América Latina, além de brasileiros em deslocamento médico. Conta com uma carteira restrita de médicos renomados e curadoria criteriosa para garantir alta qualidade, ética, segurança e excelência em cada etapa do atendimento.
O turismo médico é um setor em expansão. Segundo a Market Research Future, o mercado global já movimenta mais de US$ 40 bilhões ao ano e deve crescer a uma taxa anual de 21,2% até 2032. Na América Latina, o Brasil lidera com destaque técnico e diversidade de especialidades. “Nosso grande objetivo é fomentar e tornar o Brasil um dos principais polos estruturados de turismo médico, reconhecido pelo seu alto nível técnico em medicina e bem-estar com experiências personalizadas. Tudo isso, sem abrir mão da humanização e do atendimento próximo e individualizado que o paciente merece”, finaliza Amanda.