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quinta-feira, julho 10, 2025
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Calor, viagens e descuido: como evitar intoxicação alimentar nas férias

Médica infectologista orienta sobre como evitar o mal, que tem como sintomas mais comuns náuseas, vômitos, febre, diarreia, dor abdominal e mal-estar geral

As férias e o calor do meio do ano são o cenário ideal para passeios, refeições fora e viagens. Mas também são um período crítico para o aumento dos casos de intoxicação alimentar. A combinação de altas temperaturas, armazenamento inadequado de alimentos e mudanças na rotina alimentar favorece a proliferação de bactérias, vírus e toxinas, que podem comprometer a saúde de crianças e adultos.

Segundo a infectologista Ana Beatrix Caixeta, do Hospital Unique, o risco cresce quando as refeições são feitas fora de casa, principalmente em locais com higiene duvidosa. “Se o estabelecimento não segue normas sanitárias rígidas, com cuidado na manipulação dos alimentos e uso de água tratada, o risco de intoxicação aumenta consideravelmente”, alerta a médica.

Além das más condições de preparo e conservação, alimentos crus como carnes, peixes e frutos do mar exigem atenção redobrada. “Sempre que houver dúvida sobre a procedência, é melhor optar por alimentos cozidos, já que o calor elimina parte significativa dos agentes contaminantes”, recomenda a médica.

Os sintomas mais comuns da intoxicação alimentar são náuseas, vômitos, febre, diarreia – às vezes com sangue ou muco –, dor abdominal e mal-estar geral. Em casos mais severos, pode haver desidratação e piora do quadro. Segundo a especialista, a automedicação deve ser evitada. “O ideal é procurar atendimento médico, principalmente se os sintomas forem intensos ou persistentes”, orienta.

Entre os principais causadores da intoxicação estão as bactérias Salmonella, Campylobacter e E. coli, além de vírus como o Norovírus e parasitas como o Cryptosporidium. Esses microrganismos podem estar presentes em alimentos contaminados ou até na água utilizada no preparo das refeições.

Para evitar o problema, algumas medidas simples são essenciais, como higienizar bem as mãos, lavar frutas e verduras com água potável, manter alimentos refrigerados de forma adequada e evitar o consumo de produtos com aspecto, cheiro ou sabor alterado. “Se o alimento apresentar qualquer sinal de deterioração, a melhor decisão é descartar”, reforça a médica.

É importante também observar a origem da água consumida e evitar gelo feito com água não filtrada. Outro ponto de atenção são os bufês: alimentos que ficam muito tempo expostos ao ambiente podem entrar na chamada “zona de perigo térmico”, entre 8°C e 60°C, que favorece o crescimento de bactérias.

Em caso de suspeita de intoxicação alimentar, a recomendação é manter a hidratação com água ou soro de reidratação oral e procurar orientação médica. “A intoxicação pode parecer um mal-estar passageiro, mas, se não tratada corretamente, pode evoluir para quadros graves e até levar à morte”, alerta a infectologista.

Em resumo: prevenção é a melhor medida. Evitar alimentos crus, se alimentar em locais com boa reputação sanitária, manter a higiene pessoal e dar preferência a pratos preparados na hora são atitudes que podem garantir férias tranquilas e livres de riscos.

Serviço
Pauta:  C omo evitar a intoxicação durantes os passeios de férias
Fonte especialista: Ana Beatrix Caixeta, médica infectologista

Instituição: Hospital Unique 
Disponível para entrevistas

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