Cerimônia contou com a presença de grandes nomes da música nordestina e muito forró
As Matrizes Tradicionais do Forró são oficialmente Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil. O título foi entregue nesta segunda-feira (13.12), em evento no Palácio do Planalto, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o secretário especial de Cultura, Mário Frias e a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto. A cerimônia celebrou também o Dia Nacional do Forró e o aniversário do “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, que completaria 109 anos.
Durante seu discurso, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, enalteceu o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a concessão do título. “O pedido de Patrimônio Cultural esperou 10 anos para acontecer, mas o forró é nosso patrimônio há muito mais tempo. Nosso país vai ter duas histórias, uma antes do legado do presidente e outra depois. Muito obrigado aos forrozeiros que estão aqui encanta e leva alegria a milhares de pessoas não poderia ficar de fora dessa importante lista. Parabéns para nós!”, declarou.
O secretário especial de Cultura, Mário Frias, destacou a importância do trabalho do governo federal na busca do reconhecimento e proteção dos bens nacionais. “Nosso trabalho é desenvolver a cultura e favorecer a nossa população. Nosso objetivo é enaltecer artistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. O forró nos representa!”, pontuou.
De acordo com o Iphan, as Matrizes Tradicionais do Forró são uma forma de expressão multimodal, cujo núcleo é a performance social de um leque de tipos de música e dança. O Forró, desde seus primeiros registros conhecidos, no início do século 20, remete à festa popular e a palavra assumiu também o sentido de um tipo específico de música, cantada ou instrumental.
“É uma responsabilidade enorme estar à frente do Iphan que tem o objetivo de proteger o nosso patrimônio. Entrega boa é que beneficia o cidadão comum e, por isso, estamos aqui. O forró faz parte da identidade do Brasil e ele continuará vivo a todo tempo para unir os brasileiros. Depois de muito trabalho, hoje esse título se tornou realidade”, concluiu.
O Forró, assim como o Choro, o Frevo e o Samba, definiu-se nos bailes e festividades populares, num ambiente de ampla participação e de contatos físicos e culturais. Este ambiente é tema de letras de sucessos de meados do século 20, como “Asa Branca”, “Forró em Limoeiro” e tantos outros. Com o título, as Matrizes Tradicionais do Forró foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, com abrangência nacional, onde também estão registrados bens como o Repente, a Ciranda do Nordeste, a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel.
O FORRÓ – Com letras inspiradas no universo do homem sertanejo, o Forró nasceu no país há mais de um século e tem movido multidões por onde é tocado. Foi a partir da década de 50, com Luiz Gonzaga, um dos maiores nomes do ritmo, que o Forró deslanchou e gerou diversos outros segmentos, como o Forró Eletrônico, o Pé de Serra e o Universitário. Foi também do astro nordestino, que originou o Dia Nacional do Forró, celebrado no próximo dia 13 de dezembro, aniversário do músico.
Por Victor Maciel
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo