Especialistas apostam na retomada dos negócios este ano e em 2020. “Depois da crise, brasileiro mudou a forma de avaliar um negócio, pensa mais nas usadas e em fazer upgrade, como os americanos sempre fizeram”, disse André Bernstein, da Solojet Aviação
O Brasil ainda permanece com o título de detentor da segunda maior frota de aviação geral do mundo, só perdendo para os Estados Unidos, mas nos últimos anos, por conta da crise, a frota ficou estagnada. Deixou de crescer e ainda vimos centenas de aeronaves registradas no Brasil serem vendidas no exterior. Parte dessa demanda reprimida começa a voltar ao mercado. Algumas vendas já aconteceram no ano passado, mas o forte deve ser em 2019 e 2020. Na Solojet, a expectativa é que o volume de vendas cresça 100% em 2019.
“Antes da crise havia financiamento disponível e comprar aeronave nova era muito mais fácil. Hoje o cenário é outro e o brasileiro, calejado com tudo que passou, está revendo os conceitos. Quer comprar certo, aquela aeronave que de fato precisa, aceita comprar usada e até pensa em compartilhar, coisa que os americanos já fazem há muitos anos”, disse André Bernstein, diretor da Solojet Aviação. O custo de uma aeronave vai muito além da aquisição, é preciso computar tripulação, hangaragem, consumo de combustível, manutenções etc.
Na visão do executivo, muita gente que vendeu a aeronave na crise, aproveitando inclusive a valorização do ativo e alta do dólar, agora está analisando o que comprar. “A decisão de comprar está tomada, a pessoa precisa da aeronave para ter mobilidade e chegar aos lugares em que precisa. Isso vale para empresários, fazendeiros e muita gente que tem negócios espalhados pelo país”, explica. Aeronaves executivas são eficientes ferramentas de trabalho, pois garantem tempo ao proprietário.
A equação correta da compra é sempre olhar a operação, tanto de quantidade de pessoas a bordo quanto a autonomia, consumo de combustível, tipo de pista a ser utilizada, relacionando isso com o valor a ser investido. “Hoje, a revitalização de uma aeronave permite aumentar o conforto, diminuir o consumo e tornar uma aeronave usada tão boa quanto nova muitas vezes com metade do investimento de uma nova”, explica Bernstein.
Em maio do ano passado, a frota era de 15.406 aeronaves da aviação geral (tudo aquilo que não envolve a aviação comercial e experimental) e o crescimento da frota entre 2017 até maio passado foi de apenas 0,3%. Só para ter ideia da estagnação do mercado, de 2006 até 2014 a frota brasileira havia saltado de 10.646 aeronaves para 15.120, um crescimento de quase 50% em oito anos. Atualmente, a frota brasileira tem presença maior nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.
Saiba mais sobre a Solojet Aviação
Criada há dois anos, a Solojet Aviação é uma empresa completa no segmento de aviação executiva. Oferece serviços de hangaragem, atendimento, gerenciamento de aeronaves, revitalização de interiores, compra e venda de aeronaves. É ainda é representante de importantes marcas como a Tamarack, que fabrica winglets para a linha 525 da Cessna, a Raisbeck Engineering e a Blackhawk Modifications, que oferece kits para upgrades aerodinâmicos e de motores para King Air. Baseada no Aeroporto de Jundiaí, se destaca por oferecer todos os serviços em um único lugar aos clientes. Mais informações em https://solojetaviacao.com.br/