O Brasil se mantém entre os 20 países que mais sediam eventos internacionais no mundo. De acordo com os critérios da ICCA (sigla em inglês para Associação Internacional de Congressos e Convenções), responsável pelo banco de dados do segmento turístico de Negócios e Eventos, o País se manteve, ainda, na primeira colocação entre os que mais receberam na América Latina em 2017.
O ranking global tem na liderança dos Estados Unidos com 941 eventos, seguido pela Alemanha com 682 e o Reino Unidos com 592. O Brasil aparece na 16ª posição com 237 eventos.
A presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Teté Bezerra, reforçou que a chance de incrementar ainda mais esses números está na modernização da autarquia e na aprovação dos projetos do Brasil+Turismo, plano de desenvolvimento do setor do Ministério do Turismo, que trará mais investimentos para o setor.
“A Embratur, responsável pela coordenação do assunto, investe no Programa de Apoio à Captação e Promoção de Eventos Internacionais desde 2004, com o intuito de sensibilizar e mobilizar a cadeia produtiva do turismo MICE para consolidar o Brasil como um destino de encontros e eventos internacionais. Essa estratégia traz muita visibilidade para o nosso País, porém ainda precisamos de mais investimento”, comentou. O MICE (Meetings, Incentives, Congress & Events) é o segundo segmento que mais contribui no fluxo internacional de visitantes para o Brasil, logo após do Lazer.
“Muitos países entenderam o potencial do turismo de eventos como solução para sazonalidade de fluxo turístico, manutenção de infraestrutura turística e melhorias logísticas dos destinos tornando, assim, o segmento uma prioridade de promoção. Em dez anos, países como Portugal, China e Austrália despontaram no ranking alcançando lugares de destaque. O Brasil, que já sediou grandes eventos, é um destino excelente para sediar congressos e convenções agregando todo o potencial natural e cultural inerente ao País. Faz-se necessário, assim, priorizar a promoção turística de forma segmentada para ocupação da infraestrutura de eventos e hotelaria em geral com os turistas de negócios”, explicou o diretor de Inteligência Competitiva e Promoção Turística da Embratur, Gilson Lira.
Dentre as cidades brasileiras, São Paulo é a primeira (com 55 eventos), seguida do Rio de Janeiro (48) e Florianópolis (15). São considerados para o calendário da ICCA apenas os eventos associativos e itinerantes, que tenham três edições ou mais, com o mínimo de 50 participantes. A capital paulistana está na frente, por exemplo, de cidades como Washington (51) e Nova York (47).