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quarta-feira, novembro 5, 2025
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Dia da Consciência Negra: viagens que conectam história, ancestralidade e natureza

Quatro experiências culturais em diferentes regiões do Brasil celebram a diversidade e o legado dos povos quilombolas e indígenas

Com o aumento de visitantes internacionais, o turismo cultural e de base comunitária vem ganhando força como caminho de valorização da identidade e da diversidade brasileira. O Dia da Consciência Negra convida à reflexão e à reconexão com as raízes que formam o Brasil, conhecendo de perto territórios, culturas e modos de vida que preservam tradições ancestrais.

De quilombos históricos em Alagoas e no coração do Cerrado, roteiros afro-baianos repletos de música e espiritualidade a vivências com povos indígenas na Amazônia, agências associadas da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Natureza (Abeta) oferecem roteiros autênticos e uma oportunidade de ver o país com outros olhos, pelos caminhos da memória e da resistência.

Serra da Barriga: o berço da resistência negra no Brasil

Reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, a Serra da Barriga é território sagrado onde viveram Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, líderes do maior símbolo de resistência negra do país: o Quilombo dos Palmares.

O passeio de afroturismo oferecido pela Ecoturismo Brasil Experiências conduz o viajante por uma imersão de seis horas, com trilhas guiadas, pontos de memória e espaços dedicados à história e espiritualidade afro-brasileira. Cada parada revela os caminhos de resistência que moldaram parte fundamental da identidade nacional.
Mais do que uma visita, é um reencontro com a ancestralidade e o orgulho de um povo que transformou a dor em força e cultura.

Saiba mais: aventuraecobrasil.com

Território Kalunga e o Cerrado ancestral (GO)

O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, em Goiás, abriga a maior comunidade quilombola remanescente do Brasil, com mais de 4 mil habitantes espalhados em 230 mil hectares de cerrado preservado.

Reconhecido pela ONU como um Território Conservado por Comunidades Locais, o território Kalunga guarda saberes transmitidos de geração em geração. A operadora Fronteiras da Chapada oferece roteiros de imersão em comunidades como Engenho e Vão do Moleque, com trilhas, banhos de cachoeira e experiências culturais como oficinas de argila, culinária tradicional e forrós à beira do fogão a lenha. Entre montanhas, céu estrelado e hospitalidade familiar, o visitante descobre que o luxo pode estar na simplicidade e que a ancestralidade é um convite a enxergar o mundo de outra forma.

Saiba mais: @fronteirasdachapada

Pelas estradas da herança afro-baiana (BA)

Entre o Atlântico e o Recôncavo, a Aventura do Brasil propõe uma jornada de nove dias pela Bahia, unindo cultura, praia e natureza em um roteiro de carro entre Salvador, Cachoeira, Itacaré e Ilhéus.

A viagem começa em Salvador, coração do candomblé e da musicalidade afro-brasileira, e segue até Cachoeira, cidade histórica considerada o berço da cultura afro no Brasil. Lá, tradições religiosas, festas populares e casarões coloniais preservam a memória dos povos africanos que resistiram à escravidão e ajudaram a moldar a identidade baiana.

O trajeto segue pela Costa do Dendê e do Cacau , passando por praias desertas, manguezais e trechos de Mata Atlântica, até chegar a Itacaré Ilhéus , onde a cultura negra se mistura ao mar, à culinária e à alegria baiana. Um roteiro que combina liberdade, história e espiritualidade, e perfeito para quem quer celebrar a Consciência Negra com os pés na estrada e o coração aberto.

Saiba mais: www.aventuradobrasil.com

 

Imersão com o povo Shanenawa (AC)

Na floresta Amazônica, a Vivalá promove expedições à Aldeia Shanenawa, no estado do Acre, onde o viajante vive dias de imersão com uma das etnias que preservam a sabedoria ancestral da selva. A visita oferece novos aprendizados e uma compreensão mais profunda sobre o papel da ancestralidade indígena na formação cultural do Brasil.

Entre as experiências, estão trilhas guiadas com ensinamentos sobre a flora local, oficinas de tecelagem e pintura corporal, banhos de ervas, rodas de canto e dança, além de cerimônias tradicionais que compartilham valores espirituais e medicinais da floresta.

Cada atividade é conduzida pelos próprios Shanenawa, garantindo que o turismo gere impacto positivo para a comunidade e para o meio ambiente. O visitante retorna transformado

Saiba mais: www.vivala.com.br

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