Com o dólar em alta e a cotação se mantendo acima dos R$ 5,70, viajar para os Estados Unidos exige mais planejamento do que nunca. Ainda assim, com organização e algumas estratégias, é possível fazer a tão sonhada viagem sem comprometer o orçamento.
De acordo com a especialista em turismo Aline Tiano, o primeiro passo é definir um teto de gastos em reais antes mesmo de comprar as passagens. “A variação cambial pode mudar o custo da viagem de um dia para o outro. Por isso, o ideal é comprar dólares aos poucos, aproveitando pequenas quedas na cotação. Isso ajuda a equilibrar o valor médio final e evita surpresas desagradáveis”, explica.
Outra dica importante, segundo Aline, é evitar o uso excessivo do cartão de crédito internacional, já que as transações são convertidas pelo câmbio do dia do fechamento da fatura e ainda incluem o IOF de 5,38%. “Hoje, existem opções mais vantajosas, como cartões pré-pagos internacionais e contas globais em dólar, que permitem travar a cotação e controlar os gastos com mais segurança”, complementa.
Na hora de montar o roteiro, a especialista recomenda revisar prioridades e buscar alternativas fora do circuito tradicional. “Os Estados Unidos têm destinos incríveis além dos mais conhecidos. Cidades como Nashville, Austin ou San Diego oferecem experiências culturais e gastronômicas riquíssimas, geralmente com preços mais acessíveis do que Nova York ou Miami”, diz Aline.
Outro ponto que pode fazer diferença no bolso é a hospedagem. A recomendação é buscar acomodações com cancelamento gratuito e acompanhar promoções em sites comparadores. “Flexibilidade é essencial. Mudar as datas em um ou dois dias pode gerar economias significativas, principalmente em períodos de alta temporada”, destaca.
Mesmo com o dólar valorizado, Aline Tiano reforça que o segredo é planejar e se antecipar. “Viajar continua sendo possível (e necessário). Com boas escolhas e preparo financeiro, dá para aproveitar os destinos, seja nos EUA ou em qualquer outro destino, sem estourar o orçamento”, conclui.