Iniciativa moderniza a frota com tecnologia nacional, amplia a vida útil dos veículos e reforça a sustentabilidade nas operações aeroportuárias.
O Aeroporto de Goiânia, a Motiva apresentou na segunda-feira (06) o Projeto Jandaia para profissionais da área aeroportuária, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), outros operadores aeroportuários e órgãos de segurança. O projeto é pioneiro em Caminhões de Combate a Incêndio (CCI) e consiste no retrofit de veículos, promovendo sustentabilidade, utilização de 75% de peças brasileiras, modernização e economia de 86% no custo.
O encontro foi marcado pela apresentação da iniciativa, dos desafios, dos ganhos e pela demonstração da eficiência operacional dos novos caminhões. O veículo apresentado é o quinto dos sete da frota que está sendo reformulada e compõe a primeira fase do projeto.
Marcius Moreno, Diretor de Operações da Motiva Aeroportos, destaca a importância e a grandiosidade de uma iniciativa como esta, que se torna referência para outros aeroportos do país. “Esse projeto é motivo de muito orgulho para nós, por ser pioneiro e por mostrar que é possível unir eficiência operacional, inovação e sustentabilidade em benefício de toda a aviação brasileira”, afirma.
Entre os participantes, esteve Tiago Bonvini, diretor-executivo da ABR (Associação dos Aeroportos Privados Federais), que enfatizou a importância de peças feitas no Brasil. “É um projeto extremamente interessante porque ele nacionaliza as peças. Atualmente, todos os aeroportos possuem uma grande dependência de peças internacionais, e a demora é muito grande para trocar uma peça estragada. Isso é muito importante para expandir para os demais aeroportos. É uma iniciativa nacional, que valoriza a nossa indústria”, afirma.
Os CCIs também contaram com a substituição do software de gestão interna por uma versão desenvolvida no Brasil, fortalecendo a economia regional e gerando empregos, com oportunidades de capacitação e desenvolvimento de habilidades em tecnologias modernas de combate a incêndios. Parte das peças utilizadas foi fabricada pela própria equipe responsável pelo retrofit, a Norte Sul.
O gerente comercial da Norte Sul, Waclin Buareto, explica a satisfação em participar do projeto: “É uma satisfação muito grande poder fazer esse retrofit e nacionalização nesse carro em parceria com a Motiva Aeroportos. O objetivo foi alcançado”, completa.
O retrofit dos CCIs trouxe inovações importantes, como a substituição dos antigos canhões manuais por modelos com controle joystick, que aumentam a precisão, a segurança e a facilidade de operação. Também foram instalados sistemas de válvulas pneumáticas, com resposta mais rápida no controle do fluxo de água, e câmeras de monitoramento para vigilância em tempo real. Novos painéis eletrônicos centralizam o controle e o monitoramento dos sistemas, otimizando a eficiência operacional e a manutenção preventiva.
Jaison Mello, gerente executivo de Negócios Aeroportuários, reforça que o encontro demonstrou a importância do projeto e o quanto ele responde a um desafio comum aos operadores aeroportuários, que lidam com caminhões antigos e peças importadas de alto custo. “O projeto já é considerado um sucesso, com caminhões em operação em todo o país e reconhecimento de órgãos como a Anac e a Força Aérea. A iniciativa nacionaliza veículos antigos, reduz custos e impactos ambientais, amplia a vida útil em até 20 anos e mantém total segurança e eficiência, com melhorias tecnológicas e foco em sustentabilidade”, finaliza.
Sobre o Aeroporto de Goiânia: Fundado em 1955, conecta Goiás a diversos destinos. Conta com infraestrutura moderna e está entre os 10 mais movimentados do Brasil em Aviação Executiva. Está sob administração da Motiva desde março de 2022.
Sobre a Motiva: Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, a Motiva atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e mais de 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em sua plataforma de trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Primeira empresa do Brasil a integrar o Novo Mercado, a Companhia está listada há 14 anos no hall de sustentabilidade da B3.