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sábado, julho 12, 2025
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Reunião dos BRICS deve incrementar turismo no Rio

A realização da reunião de cúpula dos chefes de Estado do BRICS no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho, representou muito mais do que um marco diplomático. Com o Brasil na presidência rotativa do bloco desde 1º de janeiro, o evento reuniu líderes de Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e dos novos países-membros, como o Irã. Mas, além do peso político, a cúpula representou uma oportunidade ímpar para divulgar o Rio de Janeiro para esses destinos emissores e incrementar o fluxo de turistas com origem nesses países.

Mais do que um impacto imediato, a cúpula também foi vista como uma oportunidade de reposicionar o Rio de Janeiro como destino turístico de alto padrão nos mercados emissores que ainda não têm o Brasil como prioridade. A Rússia, por exemplo, é conhecida por seu público consumidor de turismo de luxo, mas ainda representa uma fatia modesta no fluxo turístico internacional para o país. Com a exposição gerada pela cúpula — que incluiu cobertura midiática, recepção oficial e experiências culturais — o Rio se projeta como uma vitrine para novos visitantes e investidores do setor. “Nossa cidade reúne todas as condições de agradar aos cidadãos desses países, desde hotéis de luxo para os russos ao turismo histórico que os indianos valorizam. A reunião dos BRICS foi uma ocasião especial para divulgarmos o Rio para esses destinos. O objetivo é fazer com que eles venham nos visitar”, afirma o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes.

Para o subsecretário de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro, Wanderson Corrêa, um evento como esse contribui para garantir uma exposição positiva da cidade, gerando interesse em outras pessoas para que venham nos visitar. “Esse tipo de evento sempre deixa um legado e abre a possibilidade de intercâmbio com novas culturas”.

A cidade recebeu dezenas de delegações oficiais e representantes de alto escalão, concentradas nos hotéis cinco estrelas da Zona Sul, principalmente em Copacabana. Para muitos desses empreendimentos, o evento representou uma das maiores ocupações corporativas do ano, com serviços premium de hospedagem, alimentação, segurança e eventos paralelos.

O turismo de luxo, segmento que mais gera empregos por unidade hoteleira — até 4 por quarto, somando-se ainda os indiretos — foi diretamente beneficiado. Hotéis desse porte funcionam como polos empregadores e são peças-chave da cadeia produtiva formal da cidade. A realização do BRICS no Rio fortalece essa engrenagem e reafirma o potencial da cidade como sede de grandes eventos internacionais.

Outro ponto importante é o reforço do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro como um hub internacional. Um dos caminhos para incrementar o fluxo de turistas do BRICS para o Rio passa pelo aumento da malha aérea, com mais voos que passem pelo capital fluminense, inclusive utilizando a estratégia de stop over, que permite o desembarque, por alguns dias, de passageiros com destino a outras cidades. “O RIOgaleão teve a honra de receber 36 delegações internacionais durante a cúpula dos BRICS, em conjunto com a Base Aérea do Galeão. Este é mais um marco importante que reforça o papel do Rio como destino global e uma das principais portas de entrada do turismo no Brasil. Seguimos atuando também como motor da economia local, conectando pessoas e oportunidades por meio de nossa extensa malha aérea, com 26 destinos domésticos e 25 internacionais”, ressalta Dimas Salvia, diretor de Operações do RIOgaleão.

O encontro dos BRICS no Rio foi, portanto, mais do que uma reunião diplomática: representou uma demonstração de capacidade de organização, hospitalidade e projeção internacional do destino. E uma chance concreta de posicionar o Brasil nas prateleiras do turismo de luxo global.

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