Educadores apontam como programas de curta duração no exterior contribuem para o crescimento pessoal, acadêmico e profissional dos estudantes
São Paulo, 04 de julho de 2025 – As férias escolares podem ir muito além do descanso: para muitos estudantes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, elas representam uma oportunidade de conhecimento e vivenciar outras culturas no exterior. A experiência fora do país favorece o amadurecimento emocional, a autonomia e o pensamento crítico – habilidades chamadas de soft skills, cada vez mais valorizadas na vida acadêmica e no mercado de trabalho.
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Com duração média de duas a quatro semanas, os programas de curta duração voltados para essa faixa etária oferecem não apenas imersão nos idiomas como o inglês, espanhol ou francês, como proporcionam aos participantes a possibilidade de desenvolver competências essenciais para a vida.
“Quando o aluno vive em outro país, mesmo que por algumas semanas, ele é desafiado a se adaptar, a resolver problemas práticos do cotidiano e a se comunicar com clareza em outro idioma. Isso reforça a autoconfiança e a capacidade de lidar com situações novas, elementos essenciais para a formação de jovens protagonistas”, destaca a diretora pedagógica do Brazilian International School – BIS, da capital paulista, Audrey Taguti.
Além das habilidades socioemocionais, os estudantes também expandem seus conhecimentos em áreas acadêmicas. Muitos programas incluem aulas de STEAM (ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática), oficinas culturais, atividades esportivas e visitas a universidades.
“Essas vivências constituem hard skills relevantes, como o aprimoramento do idioma estrangeiro, o domínio de ferramentas digitais e até o entendimento de questões globais contemporâneas. Ao entrar em contato com outras culturas, os jovens aprendem a enxergar o mundo com mais empatia e curiosidade. Isso amplia o repertório e contribui para decisões futuras, como a escolha da carreira ou o desejo de estudar fora”, explica a diretora pedagógica da Escola Bilíngue Aubrick, da capital paulista, Teca Antunes.
A vivência do intercâmbio também estimula o jovem a se ver como parte ativa de um mundo interdependente, despertando o senso de responsabilidade, colaboração e cidadania global. Outro ganho importante é a convivência com colegas de diferentes países, o que favorece a criação de redes internacionais de amizade e troca de experiências.
Para a coordenadora de Relações Internacionais e Institucionais da Escola Internacional de Alphaville, de Barueri, Marilda Bardal, que possui larga experiência em projetos internacionais com estudantes, o intercâmbio é uma janela para o autoconhecimento, preparando os jovens não apenas para o futuro, mas para viver o presente com mais consciência, coragem e propósito.
“Ao sair do seu ambiente habitual, o adolescente se percebe como parte de algo maior e passa a reconhecer suas forças, seus limites e seus interesses com mais clareza. É um processo muito potente, que reverbera por toda a vida”, afirma Bardal.
O colégio Progresso Bilíngue, de Campinas, tem profissionais qualificados para realizar atendimento específico que orienta as famílias sobre os programas internacionais, facilitando todo o processo e garantindo mais segurança e suporte durante as viagens.
“Conhecendo o perfil do aluno e da família, conseguimos ajustar a experiência de intercâmbio dentro das expectativas desejadas. O time de orientadores educacionais oferece o suporte que for necessário, como redigir cartas de recomendação, facilitar as providências de documentos necessários, orientar na escolha de disciplinas a serem cursadas, além de compartilhar informações de experiencias de outros alunos nos diferentes destinos”, explica a diretora do Progresso unidade Cambuí, Lena Cypriano.
Escolas proporcionam experiências
Este ano, os alunos do Brazilian International School e do Colégio Progresso realizarão dois intercâmbios durante as férias de meio de ano. Para alunos do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental, o “Embassy Summer”, realizado pela EC English Language Centres na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, EUA, proporciona aos participantes uma experiência enriquecedora de aprimoramento do inglês em um ambiente internacional, explorando novas culturas e desenvolver habilidades essenciais para o futuro, com uma programação que inclui aulas dinâmicas, atividades interativas e passeios. Já para os alunos do 9º ano do EF ao 3º ano do Ensino Médio, o programa “Global Achievers”, também operacionalizado pela EC English, permitirá aos participantes a oportunidade de vivenciar uma experiência acadêmica única no campus da Universidade de Harvard, em Boston, EUA, com um programa desenvolvido para explorar novas perspectivas e expandir conhecimentos, preparando os jovens para desafios globais.
A Escola Bilíngue Aubrick também participará do programa “Global Achievers” com alunos do 9º ano do EF ao 3º ano do Ensino Médio, além de promover para seus alunos do 6º ao 9º ano do EF o “Felsted Summer Program”, realizado na Felsted School, na Inglaterra. Por lá, os jovens participarão de atividades de English and Global Studies e eletivas culturais e esportivas com estudantes de diversas nacionalidades; além de fazer uma visita à Universidade de Cambridge.
A Escola Internacional de Alphaville organiza intercâmbios para ampliar as experiências internacionais dos alunos desde 2010. Em parceria com a Leysin American School, na Suíça, os alunos do 5º ano do EF ao 3º ano do Ensino Médio participam do “Summer Camp de Leysin” um programa acadêmico que inclui também diversas atividades culturais e esportivas, excursões aos arredores de Leysin e aos finais semana são oferecidas viagens aos países que fazem divisa com a Suíça. Já para os alunos do 9º ano do EF ao 3º ano do Ensino Médio, a escola também ‘participa do Programa Global Achievers em Boston, promovido pelo EC English.