Passaporte perdido ou roubado no exterior é sinônimo de uma boa dose de dor de cabeça. O primeiro passo para resolver a situação é ir pessoalmente até o consulado ou embaixada para solicitar um substituto.
Ou seja, se você estiver em uma cidade sem representação brasileira, prepare-se para uma viagem dentro da viagem. E se isso acontecer num final de semana ou feriado, prepare-se para ficar mais alguns dias viajando.
No caso de haver uma embaixada e um consulado na mesma cidade, como no caso de Buenos Aires, procure o serviço consular, pois, no caso, eles ficam responsáveis por resolver o problema.
Para tirar o novo passaporte junto à embaixada ou ao consulado, o turista terá de desembolsar cerca de US$ 160 –valor relativo ao passaporte novo, mais taxas.
Outros dois inconvenientes: não existe serviço de urgência para o documento pedido no exterior, e o prazo de validade do novo passaporte poderá ser reduzido, a critério da autoridade consular.
Vale lembrar que os meses de férias (dezembro, janeiro e julho) são os mais movimentados no setor de passaportes das representações consulares, o que aumenta o tempo de espera para a emissão.
SEGURADO
Para quem tiver seguro-viagem, a assistência em caso de perda de passaporte é limitada, mas existe.
Há dois tipos de seguro. Dependendo do contrato que você assinou, ele pode: oferecer só a orientação por telefone, ou oferecer uma assistência mais ampla, que realiza um empréstimo.
Neste segundo caso, é disponibilizado um valor pré-combinado para ajudar tanto no pagamento da taxa que deverá ser paga na solicitação do novo documento quanto nos preços das diárias dos dias a mais que a pessoa, provavelmente, terá de ficar no local.
Segundo Danilo Moreira, gerente de marketing da seguradora de viagem Travel Ace, no caso de receber o tal valor, quando o viajante retornar ao Brasil terá de pagar pelo empréstimo com o acréscimo das taxas que tiverem sido gastas com o envio do dinheiro.
Se realmente houver necessidade de ficar no destino e for preciso remarcar as passagens de avião, o custo dependerá da empresa e do bilhete adquirido.
AÉREO
A perda de documento não justifica a isenção de multa para remarcação do bilhete. Isso porque será a chamada “regra tarifária” dele que vai determinar se o turista está ou não sujeito à multa para remarcação.
Se o passageiro adquiriu um bilhete “full fare”, o que significa as tarifas mais altas –aquelas pagas por passageiros de primeira classe ou classe executiva– muito provavelmente ele não precisará pagar multas para remarcar”, diz Christina Canto, executiva de relacionamento com o cliente da British Airways.
TIRE SUAS ÚVIDAS
Perdi o passaporte. E agora?
O primeiro passo é ir até a polícia local e fazer um boletim de ocorrência. Caso não seja possível, faça uma declaração de perda ou roubo no próprio consulado.
Como tiro novo passaporte?
No consulado ou embaixada, apresente o boletim de ocorrência e solicite o novo passaporte. Você vai desembolsar o dobro do pagamento normal.
Quanto tempo demora para ficar pronto?
A demora, em geral, depende da época em que ele é solicitado. Os meses de férias são os mais demorados.
Um seguro de viagem pode ajudar?
Sim. Ou com auxílio por telefone ou com uma assistência mais completa. Neste caso, o cliente recebe um empréstimo e, quando voltar ao Brasil, pagará com acréscimo as taxas do envio.
Se precisar adiar meu retorno, terei de pagar multa à companhia aérea?
A perda do documento não justifica a isenção e o custo dependerá do tipo da passagem adquirida. Se tiver bilhete mais caro, provavelmente não precisará.
O valor será cobrado em dólar?
Não, será cobrada em “real Ouro”. Trata-se de um indicador monetário para formação de preços das taxas dos consulados e embaixadas.
Fonte: Folha de São Paulo