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quinta-feira, junho 19, 2025
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Tigres brancos nascem no Animália Park

Os três filhotes de tigre branco — Ravi, Aruna e Asha — são um marco para a conservação da espécie no Brasil

Na natureza, a maternidade se revela em múltiplas formas — instintiva, silenciosa, feroz ou delicada. Em cada canto do reino animal, há um ritual de entrega: seja no ninho aquecido, no abrigo construído com paciência ou no olhar atento de quem vigia a cria com bravura. No Animália Park, essa força ganha vida todos os dias, mas, neste ano, ela se manifestou de maneira ainda mais especial. A chegada de novos filhotes encheu o parque de emoção e significado.

No dia 20 de março, o parque foi cenário de um acontecimento raro e emocionante: o nascimento de três filhotes de tigre branco, uma das espécies mais raras do reino animal e que, em todo o Brasil, só pode ser vista em São Paulo.

Os pequenos são filhos de Indira e Radesh, dois tigres de bengala (Panthera tigris tigris) com origem indiana. É a primeira cria de Indira, o que trouxe um misto de ansiedade e expectativa para a equipe técnica do parque. “Nas primeiras gestações, é comum que a mãe rejeite ou não saiba cuidar adequadamente dos filhotes. Mas Indira surpreendeu. Tornou-se uma mãe superprotetora e afetuosa, cuidando dos pequenos com um zelo que impressiona”, relata a bióloga do Animália Park, Katia Cassaro.

Com olhos azuis penetrantes, pelagem clara e listras marcantes, os filhotes chamam a atenção por sua beleza hipnotizante. Não são albinos, como muitos pensam. O que os diferencia é o leucismo, uma mutação genética rara que reduz a produção de melanina, mas mantém a pigmentação dos olhos e das listras.

Como forma de homenagear suas origens e o simbolismo que carregam, os filhotes receberam nomes indianos, repletos de significado. O macho foi batizado de Ravi, que significa Sol — uma alusão à energia e à luz que sua presença trouxe ao parque. As fêmeas ganharam os nomes Aruna, que representa a Aurora, e Asha, que simboliza a Esperança. Cada nome traduz a emoção de um novo começo e reforça a conexão entre a natureza, a cultura e o compromisso do Animália com a preservação da vida em sua forma mais pura e selvagem.

Por enquanto, os filhotes permanecem exclusivamente com a mãe, como é típico da espécie — um dos felinos mais solitários do planeta. Após o acasalamento, macho e fêmea se separam e cabe à mãe todo o cuidado da cria. Dependendo do sexo dos filhotes, a dinâmica muda: as fêmeas, podem permanecer com a mãe por toda a vida, e o macho, em breve será necessário o distanciamento.

“Cada nascimento é um marco para nós, mas este tem um significado especial. É a primeira reprodução do tigre branco no Animália e ver a Indira assumindo o papel de mãe com tanta dedicação nos enche de orgulho. É um presente da natureza”, afirma Katia Cassaro.

O público poderá conhecer os filhotes a partir desta quinta-feira,19/06.

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