1 de junho de 2025 (Nova Déli) – A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) informou que US$ 1,3 bilhão em recursos de empresas aéreas estão bloqueados para repatriação pelos governos, segundo estimativa no final de abril de 2025. Este é um valor significativo, embora represente uma melhoria de 25% em comparação com os US$ 1,7 bilhão registrados em outubro de 2024.
A IATA pediu que os governos eliminassem todas as barreiras que impedem as empresas aéreas de repatriarem de forma adequada suas receitas de venda de passagens e outras atividades, em conformidade com os acordos internacionais e obrigações definidas em tratados.
“Garantir a repatriação adequada das receitas é fundamental para que as empresas aéreas cobrem as despesas em dólares e mantenham suas operações. Atrasos e recusas violam os acordos bilaterais e aumentam os riscos cambiais. O acesso confiável às receitas é essencial para qualquer empresa, principalmente para as empresas aéreas que operam com margens muito reduzidas. As economias e os investimentos dependentes da conectividade internacional. Os governos devem entender que é um desafio para as empresas aéreas manter a conectividade quando a repatriação de receitas é negada ou está atrasada”, explica Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Dez países são responsáveis por 80% dos recursos bloqueados
Dez países representam 80% do total de recursos bloqueados, totalizando US$ 1,03 bilhão.
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*Zona CFA (Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial e Gabão ).
Destaques dos países
Paquistão e Bangladesh , anteriormente entre os cinco países com mais fundos bloqueados, fizeram progressos notáveis na liquidação dos recursos pendentes, obtendo para US$ 83 milhões e US$ 92 milhões, respectivamente (de US$ 311 milhões e US$ 196 milhões em outubro de 2024, respectivamente).
Moçambique subiu para o topo da lista dos países com recursos bloqueados, retendo US$ 205 milhões das empresas aéreas, em comparação com US$ 127 milhões em outubro de 2024. A região da África e Oriente Médio (AME) representa 85% do total de recursos bloqueados, com US$ 1,1 bilhão no final de abril de 2025.
A redução mais significativa foi observada na Bolívia, que liquidou totalmente os recursos pendentes, que eram de US$ 42 milhões no final de outubro de 2024.