O monitoramento das diárias de hotéis durante os megaeventos, feito pela Embratur e divulgado ontem, primeiro para a imprensa e depois para entidades ligadas à hotelaria, não foi visto com bons olhos pelas associações do setor. Para o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, o correto teria sido avisar primeiro ao setor antes de soltar os números.
Sampaio contestou ainda a metodologia utilizada. Segundo ele, foram apontadas falhas nesta pesquisa. “É uma pesquisa onde nós, do setor, não fomos consultados e quando soubemos da metodologia usada encontramos falhas, como a não inclusão de hostels, o que certamente abaixaria a diária média. Esta é apenas uma de tantas outras com que não concordamos”.
Na manhã desta sexta-feira (1/2) representantes da hotelaria se encontraram com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, para discutir o assunto e saíram otimistas do encontro. “Esta é a postura que nós acreditamos ser a mais correta”, afirma.
Do encontro, ficou acertado que as entidades hoteleiras (FBHA, ABIH, Fohb e Resorts Brasil) vão criar um grupo de trabalho que percorrerá as seis cidades sedes da Copa das Confederações. O objetivo é identificar problemas e corrigi-los a tempo do evento esportivo.
“Estão vendendo uma imagem de que a hotelaria do Brasil é cara e a informação já chegou no Exterior. A Embratur usa isto como guarda-chuva para o fato do País não passar dos cinco milhões de turistas estrangeiros. Não interessa pra ninguém a ideia de que o Brasil é um destino caro para o turismo”, concluiu.
Fonte: Pan Rotas