Símbolo da religiosidade da Bahia há 475 anos, o Dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira do estado, foi celebrado, neste domingo (08), por baianos e turistas reunidos no Santuário Basílica dedicado à santa, no Comércio, em Salvador. Adeptos de religiões de matriz africana participaram, também, das comemorações, reverenciando a orixá Oxum, deusa das águas doces. O evento teve o apoio da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA), como parte das ações para a valorização do calendário de festas populares.
O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Sérgio da Rocha, presidiu a missa campal em frente ao Santuário, seguida de procissão. “É sempre uma alegria celebrar a padroeira da Bahia, uma festa com um sentido cultural e religioso tão bonito. Desejamos que ela cresça sempre mais, valorizando a devoção à Nossa Senhora, atraindo cada vez mais pessoas para caminhar juntas na fraternidade e na paz”, declarou o arcebispo.
O sergipano Marco Ludovici viajou de Aracaju para Salvador com a esposa e amigos, para curtir a cidade, e encerrou o passeio na festa religiosa. “Ficamos aqui por uma semana e não poderíamos deixar de louvar e agradecer à Nossa Senhora da Conceição, também padroeira de Aracaju”.
Já o paulista Lucas Terribili é um admirador do sincretismo baiano. “Vim para as homenagens à Santa Bárbara e Iansã e estiquei a estadia em Salvador, para conhecer as celebrações na Conceição da Praia, vestindo o amarelo da deusa Oxum”.
História – A igreja que deu origem à devoção foi construída na beira da praia, em 1549, por determinação do primeiro governador-geral do Brasil, Thomé de Souza. Ela passou por modificações até o século XX, sendo a única do mundo em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, que teve sua localização associada ao nome da santa.
