O objetivo da parceria é fomentar a diversidade e promover oportunidades mais inclusivas no setor aéreo
Nos céus, onde os horizontes se expandem, a inclusão é mais do que uma aspiração – é uma necessidade. Pensando nisso, a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) aderiu ao Programa ‘Asas para Todos’, promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No evento de lançamento, com a presença do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, o ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e as secretárias-executivas dos ministérios do Turismo, Ana Carla Lopes, e das Mulheres, Maria Helena Guarezi, a busca por uma visão abrangente e igualitária da indústria foi o destaque.
Os cinco ministérios se uniram à ANAC e firmaram o compromisso de atuar na realização de estudos, ações e trocas de experiências para oferecer ferramentas inclusivas para quem já está e para quem pretende ingressar
na aviação civil.
Para o CEO da ALTA, José Ricardo Botelho, a medida representa um avanço significativo dentro dos princípios ESG, e destaca o Brasil como um importante ator na região. Ele enfatiza que, como associação, é crucial lembrar
que a inclusão social na aviação está intrinsecamente ligada a uma agenda que também aborda os custos enfrentados pelas empresas. “O Brasil tem a oportunidade de liderar um dos maiores programas de inclusão social do mundo, desde que os alertas da indústria sejam levados em consideração. Os custos associados à judicialização e ao preço do Querosene de Aviação (QAV) são fatores que dificultam o acesso da classe C ao sistema, representando uma barreira para mais de 100 milhões de pessoas. Garantir que essas pessoas tenham acesso à aviação, que cheguem aos seus destinos, se conectem ao país e desfrutem das belezas brasileiras é, de fato, promover a inclusão social”, ressaltou.
Em falas alinhadas, os ministros declaram seu apoio ao projeto. Silvio Costa Filho afirmou que o seu ministério estuda aportar até R$ 10 milhões no programa no próximo semestre. “Estamos fazendo esse movimento para
atuar de maneira integrada, fortalecendo a aviação e o turismo”. Já Anielle Franco destacou a importância da iniciativa para as minorias, “Incluir todas as pessoas na aviação é fazer uma correção social histórica que precisa ser enfrentada com política pública. Afinal, somos diversos, mas não dispersos”. Silvio Almeida também expressou sua confiança no programa. “É a primeira vez em 30 anos que um projeto abrange todos os ministérios relacionados ao tema, e dessa forma, estaremos promovendo a cidadania nos aeroportos brasileiros”.
Quando reguladores, ministros, empresas e associações do setor se unem com um único objetivo, o projeto ganha força sem sobrecarregar nenhuma das partes com obrigações ou normas onerosas. “A diversidade não é apenas
uma questão moral, mas também um diferencial competitivo. E isso faz com que toda a cadeia produtiva apoie projetos desse calibre”, explicou Botelho.
Além da ALTA, já se comprometeram com a iniciativa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Aeroportos do Brasil (ABR), Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a GE Aerospace, a Embraer, a Infraero Aeroportos, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), a International Aviation Womens Association (IAWA) e a Airbus.