Dados do mês trazem otimismo e empolgação para o setor; mas discussão sobre fim do Perse preocupa
Campinas, 15 de fevereiro de 2024 – Com 49,72%, a taxa média de ocupação da rede hoteleira da Região Metropolitana de Campinas (RMC) em janeiro foi a maior já registrada para o mesmo mês desde 2019. Números como valor de diária e RevPar também foram os melhores, trazendo otimismo para os empresários para o ano de 2024. Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB – Visite Campinas), junto aos empreendimentos associados. Apesar do bom desempenho, a discussão sobre a continuidade do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) é um assunto que preocupa a rede regional.
Com quase 50% da capacidade ocupada, o resultado de janeiro foi “empolgante”, definiu o Diretor Financeiro do CRC&VB, Douglas Marcondes. Isso por conta de ser um mês tradicionalmente mais fraco, com a paralisação, principalmente, de eventos corporativos com as férias. Os números dos anos anteriores comprovam o raciocínio do diretor: (42,65% em 2019, 42,98% em 2020, 25,42% em 2021, 43,78% em 2022 e 46,19 em 2023).
No mês passado, a categoria Econômica registrou uma ocupação média de 52,70%, enquanto que a Midscale (intermediária) ficou em 46,74%. Já o valor da diária média foi de R$ 352,61, enquanto que o RevPar registrou R$ 173,11.
“Campinas e a toda a RMC iniciam o ano de 2024 com números empolgantes e otimistas para o setor de Hotelaria, fortalecendo a musculatura da geração de negócios”, explica Marcondes. “A vitalidade dos municípios, a receptividade para hospitalidade e resiliência, adicionado a uma boa estrutura, colocam a RMC em uma posição atraente e estimulante para os negócios ao longo de todo esse ano”, acrescenta.
Para Luis Felipe Campos Almeida, presidente do CRC&VB, apesar do número surpreendente de janeiro, que traz boas perspectivas para 2024, o ano exigirá resiliência e união dos poderes público e dos agentes privados. Uma das preocupações atuais é evitar o encerramento do Perse, que pode trazer impactos negativos para o setor hoteleiro. “Os hotéis, assim como o setor de eventos, ainda estão se recuperando dos fortes impactos da pandemia, e o fim do programa seria uma situação bastante preocupante”, alerta. “O setor de hotelaria, que movimenta cerca de 50 setores em seu entorno, tem uma responsabilidade muito grande com a geração de empregos e renda”, completa.