Para os passageiros, os benefícios são importantes, pois empresas capacitadas para atuar no setor são mais eficientes no transporte de bagagens
Nesta quarta-feira (21.06), o Aeroporto Internacional de Viracopos e a Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo) assinaram um acordo de parceria para a valorização das empresas de serviços em solo (ground handling) certificadas. O CRES (Certificado de Regularidade das Empresas em Solo) foi criado há um ano e tem 11 empresas certificadas com presença em mais de 60% dos aeroportos brasileiros.
O segmento de ground handling é atendido basicamente por empresas especializadas que prestam serviços para companhias aéreas e aeroportos nos segmentos de transporte de passageiros, check-in, transporte de bagagem, segurança, movimentação de aeronaves, inspeção, raio X e outros. No mundo todo são empresas especializadas que prestam serviços que companhias aéreas e aeroportos possam se concentrar na atividade-fim. O uso dessas empresas também permite uma redução importante de custos para companhias aéreas que teriam que manter um time de colaboradores grande para atender um ou dois voos por dia, dependendo da localidade.
Para os passageiros, os benefícios são importantes, pois empresas especializadas e capacitadas para atuar no transporte aéreo são mais eficientes no transporte de bagagens e no atendimento em todas as etapas em solo da viagem.
“Avalio a autorregulação do setor como positiva pois poderá garantir que as empresas de serviços auxiliares do transporte aéreo estejam devidamente preparadas para a prestação de serviços de alta qualidade, devendo proporcionar um atendimento ágil, seguro e eficiente tanto às companhias aéreas quando aos aeroportos e seus respectivos clientes”, disse o diretor-presidente de Viracopos, Gustavo Müssnich.
“Queremos com a autorregulação ajudar operadores de aeroportos e companhias aéreas na hora de contratar serviços de ground handling, mas um ano depois do lançamento do projeto ainda nos surpreendemos com a resposta do mercado e dos órgãos reguladores. O CRES é um sucesso, usado como exemplo de regulação responsiva adotada pelo Brasil”, disse o presidente da Abesata, Ricardo Aparecido Miguel. A Rede Voa, que administra 16 aeroportos no interior de São Paulo, já assinou também o termo de parceria, assim como o Aeroporto de Salvador, gerido pela Vinci.
Saiba mais sobre o CRES
O programa de certificação é composto por uma matriz com cinco dimensões: Regulatória, Financeira, Operacional, Pessoas e ESG (meio ambiente, social e governança corporativa). A certificação é realizada por uma empresa independente, a Praxian Research Center, com sede na avenida Paulista, em São Paulo.
O objetivo é trazer benefícios para toda a cadeia aeronáutica. Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, desde a limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte e atendimento de passageiros, tripulantes, bagagens, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção – security – para embarque de passageiros, entre outras modalidades.
A autorregulação, através do CRES, marca a maturidade do setor: “Há a preocupação por parte das empresas em não perderem a Certificação é isso se reverte em uma constante evolução na qualidade dos serviços prestados”, disse Ricardo Miguel, presidente da ABESATA.
As empresas que desejarem ser certificadas precisarão apresentar uma série de documentos que comprovem condições regulares de operação e uma estrutura saudável, garantindo a segurança de quem contrata, companhia aérea ou aeroporto, além de poder servir de referência para a fiscalização por parte dos órgãos governamentais.
Os critérios de análise envolvem aspectos eliminatórios e outros classificatórios, totalizando uma soma máxima de 100 pontos.
Mais informações em cres.abesata.org