Em entrevista, Tania Moschini conta como as viagens renovaram os sentimentos e as relações da própria família
Viajar é uma das coisas que Tania Moschini não abre mão. Para a escritora e revisora, que é apaixonada por conhecer novos lugares e culturas, a prática não só faz bem para a alma, mas tem papel importante no dia a dia da própria família. Cada experiência, planejada para ser desfrutada em conjunto, tem o poder de aproximá-la ainda mais do marido e das filhas.
Em entrevista, a autora de E agora, pra onde? afirma que não importa o lugar ou a distância, o que vale é sair de casa com o coração aberto, para renovar os sentimentos em relação às companhias – boa sugestão, inclusive para marcar um reencontro com quem mora longe.
Ela ainda presenteia os leitores com uma dica preciosa: “não espere pela ‘viagem perfeita’. Toda experiência pode proporcionar prazer, o importante mesmo é se aventurar.” Confira abaixo:
1 – “E agora, pra onde?” é um livro de crônicas sobre suas vivências ao redor do mundo. De que maneira você acredita que esses relatos pessoais podem se conectar aos leitores?
Tania Moschini: Minha intenção, durante o processo de construção deste livro, sempre foi compartilhar com as pessoas relatos de histórias divertidas, pitorescas e até emocionantes, que vivenciei em minhas viagens. Por serem histórias reais, vividas por mim e que me proporcionaram tantas emoções, creio que, de alguma forma, podem servir para despertar nas pessoas a busca pelo mesmo prazer, que é viajar.
2 – Dentre tantas experiências, como foi o processo de escolha das histórias que você contou?
T.M.: Priorizei aquelas que mostram o nosso (e aqui incluo meu companheiro de viagem, praticamente meu coprotagonista) lado divertido, leve e descontraído de encarar o que quer que aconteça em uma viagem. Tanto os episódios agradáveis quanto os “sufocos”, que, claro, não são poucos. E se, com isso, puder despertar alguma emoção no leitor, entendo que fiz as escolhas acertadas.
3 – No livro, você narra viagens ao lado do seu marido e também das filhas. Na sua perspectiva, as viagens são uma forma de se conectar com a família? Como?
T.M.: Sem dúvida. Aliás, além da vontade de conhecer lugares e culturas novas, o desejo de reavivar a relação, tanto conjugal quanto familiar, é um dos grandes motivos pelos quais eu gosto tanto de viajar. Por isso, o destino nem é o mais importante. O que importa, primeiramente, é a oportunidade de sair de casa com o coração aberto à renovação dos sentimentos, mesmo que sempre com as mesmas companhias.
4 – O que viajar significa em sua vida?
T.M.: Para mim, viajar é um tônico. O processo todo, desde a escolha do destino até o retorno de uma viagem, funciona para mim como combustível, que me revigora e não deixa meu espírito envelhecer. Deve ser por isso que a minha lista de viagens, em vez de diminuir, só aumenta.
5 – De todas as experiências, há alguma que se destaca? Se sim, qual?
T.M.: Sim. Dentre as inúmeras experiências narradas no livro, tenho especial carinho pelas que vivenciamos durante uma viagem de 25 dias pelo interior da França. Entendo que seja pelo alto nível de emoções que me despertou, desde os preparativos até o nosso retorno.
6 – O que você diria às pessoas que sonham em viajar, mas não podem por algum motivo? E com a sua experiência, há alguma dica essencial a quem está prestes a pegar a estrada?
T.M.: Que não espere pela “viagem perfeita”. Toda viagem pode proporcionar prazer, o importante mesmo é se aventurar. Minha principal dica: não deixe que os guias de viagem engessem seus dias. Dê asas ao seu coração, aos seus instintos, exercite sua capacidade de improvisação.
Sobre a autora: Natural de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Tania Moschini mora em Cuiabá, no Mato Grosso. Formada em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e Francesa, dedicou quase quatro décadas de sua vida ao trabalho em áreas técnicas e em gestão de secretarias estaduais. Foi, durante 17 anos, assessora e revisora de textos do Tribunal de Contas do Estado, no MT. Depois de se aposentar, começou a prestar serviços de revisão e de ghostwriter. Também passou a se dedicar à literatura, com a estreia de E agora, pra onde?.
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