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sábado, dezembro 28, 2024
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Problemas na cadeia de suprimentos continuam impactando o desempenho das empresas aéreas em 2025

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) prevê que os graves problemas na cadeia de suprimentos devem continuar atingindo o desempenho das empresas aéreas em 2025, aumentando os custos e limitando o crescimento.

A IATA dimensionou os desafios enfrentados pelas empresas aéreas devido a problemas na cadeia de suprimentos em sua análise mais recente do setor aéreo:

  • A idade média da frota global aumentou e atingiu o recorde de 14,8 anos, um aumento significativo da média de 13,6 anos do período de 1990-2024.
  • As entregas de aeronaves caíram drasticamente em relação ao pico de 1.813 aeronaves em 2018. A estimativa de entregas em 2024 é de 1.254 aeronaves, que representa queda de 30% em relação ao que foi previsto para o ano. Em 2025, as entregas devem aumentar para 1.802, bem abaixo da expectativa anterior de 2.293 entregas, com possibilidade de reajuste desse número para baixo em 2025.
  • O backlog (número cumulativo de pedidos não atendidos) de novas aeronaves atingiu o recorde de 17 mil aviões. Nas taxas de entrega atuais, isso levaria 14 anos para ser cumprido, o dobro da média de backlog de seis anos do período de 2013-2019. No entanto, o tempo de espera deve diminuir com o aumento das taxas de entrega.
  • A taxa de aeronaves fora de operação é de 14% (cerca de 5 mil aeronaves) da frota total (35.166 aeronaves em dezembro de 2024, incluindo aquelas construídas na Rússia). Embora tenha melhorado recentemente, essa taxa permanece 4 pontos percentuais acima dos níveis pré-pandemia (equivalente a cerca de 1.600 aeronaves). Destas aeronaves, 700 (2% da frota global) estão fora de operação para inspeções de motores. Essa situação deve continuar em 2025.

“Os problemas na cadeia de suprimentos estão frustrando todas as empresas aéreas com um golpe triplo em receitas, custos e desempenho ambiental. As taxas de ocupação estão em níveis recordes e não há dúvida de que se tivéssemos mais aeronaves, elas poderiam ser utilizadas de forma lucrativa, então nossas receitas estão sendo comprometidas. Enquanto isso, a frota envelhecida que as empresas aéreas estão usando tem custos de manutenção maiores, queima mais combustível e exige mais capital para mantê-la em operação. Além disso, as taxas de arrendamento aumentaram mais do que as taxas de juros, pois a competição entre as empresas aéreas intensificou a busca por todas as formas possíveis de expandir a capacidade. Este é um momento em que as empresas aéreas precisam ajustar seus balanços pós-pandemia, mas o progresso é efetivamente limitado por problemas na cadeia de suprimentos que os fabricantes precisam resolver”, disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.

Especificamente, a IATA destacou que os problemas persistentes na cadeia de suprimentos são pelo menos parcialmente responsáveis por dois desenvolvimentos negativos:

  • A eficiência de combustível (excluindo o impacto das taxas de ocupação) permaneceu inalterada entre 2023 e 2024 em 0,23 litros/100 toneladas de carga disponível por quilômetro (ATK). Este é um retrocesso em relação à tendência de longo prazo (1990-2019) das melhorias anuais na eficiência de combustível na faixa de 1,5-2,0%.
  • A demanda excepcional por aeronaves arrendadas elevou as taxas de arrendamento de aeronaves de fuselagem estreita a níveis 20-30% maiores do que em 2019.

“Todo o setor da aviação está unido em seu compromisso de atingir zero emissão líquida de carbono até 2050. Mas quando falamos dos caminhos para realmente atingir esse marco, as empresas aéreas são as que carregam o maior peso. Os problemas da cadeia de suprimentos são um exemplo. Os fabricantes estão decepcionando seus clientes, as empresas aéreas, e isso está causando um impacto direto na desaceleração do trabalho das empresas aéreas para limitar suas emissões de carbono. Se os fabricantes de aeronaves e motores pudessem resolver seus problemas e cumprir suas promessas, teríamos uma frota com mais eficiência de combustível em operação”, disse Walsh.

 

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