Entre os objetos mais esquecidos estão casacos, óculos e almofadas de pescoço, além de outros mais raros e inusitados como muletas e vibrador
Belo Horizonte, setembro de 2024 – Na correria para embarcar, na tranquilidade da sala VIP ou durante um simples passeio pelos corredores do saguão. Perder um objeto no aeroporto é mais comum do que se imagina. No BH Airport não é diferente: com mais de 30 mil passageiros circulando pelo terminal todos os dias, é fácil entender o motivo. Só no primeiro semestre deste ano, o setor de Perdidos e Achados do BH Airport recebeu cerca de 5700 itens que foram esquecidos. E a tendência é de crescimento: para se ter ideia, durante todo o ano de 2023 foram 1,3 milhão de objetos deixados nos perdidos e achados do terminal internacional mineiro.
Entre os itens mais esquecidos estão peças de vestuário, como casacos e cardigans. Também é muito comum o esquecimento de documentos de identificação civil (RG e carteira de habilitação); óculos, bolsas, almofadas de pescoço e chaves. Entre os objetos mais inusitados que já passaram pelo terminal estão muletas, bengalas e vibrador. Outros itens também trazem histórias, como foi o caso de um terno que foi deixado na sala de embarque e era de um passageiro que o usaria como padrinho de um casamento, no Rio de Janeiro. O dono do terno acabou alugando outro no local do evento, mas ficou feliz em resgatar o seu na volta a Belo Horizonte.
Outra história que marcou a equipe no setor foi o passageiro que perdeu R$ 800 em dinheiro. O valor foi levado ao Perdidos e Achados por um funcionário do aeroporto. O dono fez contato com o BH Airport, especificando valor e possível localização da perda, além da quantidade de notas perdidas. O passageiro voltou ao terminal e se mostrou muito grato e aliviado.
O gestor de Operações e Segurança do BH Airport, Robson Freitas, explica que a quantidade de objetos esquecidos reflete o grande fluxo de passageiros no terminal. No primeiro semestre deste ano, 5,6 milhões de pessoas circularam pelo BH Airport, um recorde para o período na história do aeroporto. Segundo ele, os principais pontos de esquecimento são as esteiras do Raio-X, as salas VIPs e o piso dos corredores. “É muito comum o esquecimento de itens, principalmente no ambiente do aeroporto, onde as pessoas costumam ficar por mais tempo e se deslocam em diferentes espaços. No BH Airport estamos atentos à jornada do nosso passageiro e prontos para atendê-lo com um processo organizado de perdidos e achados”, afirma.
Segundo ele, assim que o setor recebe o item esquecido, é feito um cadastro com as características, dia e local de perda. Os objetos permanecem lá por 30 dias e após esse período, caso não seja procurado pelos donos, são encaminhados ao Juizado Especial de Pedro Leopoldo, que os encaminham para doação. Já os documentos e cartões são encaminhados para os Correios, onde ficam disponíveis para retirada.
Dos cerca de 5700 itens esquecidos no BH Airport nesse primeiro semestre, mais de 600 foram procurados e retirados por seus donos e mais de 4 mil foram entregues para doação. O setor de Perdidos e Achados fica próximo ao Balcão de Informações, próximo à escada em caracol, na entrada do terminal. Para reaver um item perdido, o proprietário precisa informar detalhadamente as características dele, como marcas de uso, cor, além da data da perda. No caso de aparelhos eletrônicos, também é solicitada a realização do desbloqueio.
Armário inteligente
Além da possibilidade de ir buscar pessoalmente o item perdido, o BH Airport oferece uma alternativa de retirada em um armário inteligente. Nesse caso, a identificação do objeto e do seu dono é feita por telefone e e-mail. É realizado um cadastro e enviado via e-mail ou SMS um QR Code para retirada no armário, que fica no setor de Perdidos e Achados. Os itens elegíveis para esse tipo de retirada são aqueles cuja comprovação de propriedade foi 100% possível remotamente. Eles ficam no armário por 72 horas e, caso não sejam retirados, voltam para o setor de Perdidos e Achados.