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sábado, novembro 23, 2024
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A retomada do turismo e as oportunidades para aviação executiva

Por Marcus Matta*

A retomada das atividades de lazer, entretenimento e negócios em geral tem favorecido o turismo e, consequentemente, também a aviação. Segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), o turismo deve crescer 60% este ano, tendo embarcado, em 2021, 7,4 milhões de viajantes. Desses, 86% concentrados nos destinos nacionais e 14% no exterior.

Esses números são confirmados pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP), cujos dados apontam que o faturamento do setor chegou a R$ 15,3 bilhões no país, em abril, representando alta de 47,7% em relação ao mesmo período de 2021. A Fecomércio indica ainda que o crescimento foi estimulado, destacadamente, pelo segmento de transporte aéreo, que registrou aumento de 159,7% na comparação anual, alcançando faturamento da ordem de R$ 4,6 bilhões.

O cenário positivo mostra que a demanda reprimida por viagens está se concretizando, voltando a ganhar força entre os brasileiros adeptos a viagens.

As férias de julho, inclusive, prometem movimentar ainda mais esse mercado. Companhias aéreas da aviação regular, por sua vez, já planejam voos extras para atender à demanda gerada por viagens domésticas e internacionais durante o mês que tradicionalmente é caracterizado pelas férias escolares no país.

A aviação executiva, cuja demanda cresceu, principalmente, nos últimos dois anos alavancada pela pandemia da Covid-19, também se beneficia desse movimento de retomada do turismo. De acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a movimentação da aviação executiva no Brasil em 2021 foi 20% maior do que em 2020.

Esse crescimento deve-se a diversos fatores, dentre eles rotas exclusivas, horários flexíveis de pouso e decolagem, maior privacidade e segurança, além de contar com aeronaves relativamente menores do que aquelas das frotas na aviação regular e uma maior diversidade de pistas de pouso em todo o país.

Empresas que integram o mercado de aviação executiva, como a Prime You, que atua no segmento de propriedade compartilhada de aeronaves executivas — jatos e helicópteros — e, mais recentemente, nas operações de táxi aéreo, também se favorecem dessa movimentação do mercado.

Em 2022, registramos um aumento acentuado na procura por aeronaves no modelo de compra compartilhada, cujo mercado se depara com atrasos nas entregas, feitas em prazos de até 15 meses. O número de voos, por sua vez, cresceu 96% em 2021, frente a 20%, em 2020, e a expectativa é de que o crescimento seja significativo este ano.

Para fazer frente à demanda, incrementamos a frota com a aquisição de novas aeronaves e, agora, acabamos de concluir, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o processo de inclusão de mais um modelo de aeronave em suas Especificações Operativas para Táxi Aéreo, o que nos coloca em uma vantagem competitiva no mercado.

Nosso modelo de negócios é inovador, exclusivo e, principalmente, atende às normas mais rígidas do setor aéreo.

*Marcus Matta é CEO e fundador da Prime You

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