A demanda global por viagens aéreas nacionais e internacionais teve queda de 53,1% em julho, em relação ao mesmo mês de 2019, informou hoje (1) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, da sigla em inglês). A entidade tem comparado os dados mensais de 2021 com 2019 por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus, já que a comparação com 2020 ficaria “distorcida”. A oferta registrou retração de 45,2%. Com isso, o aproveitamento dos aviões encolheu 12,4 pontos percentuais, chegando a 73,1%.
“Os números de julho são resultado do crescimento de passageiros que viajaram durante o verão do Hemisfério Norte. O tráfego doméstico voltou para 85% dos níveis pré-pandemia, mas a demanda por voos internacionais só chegou a um quarto do volume de 2019. O problema está no controle de fronteiras. As decisões dos governos não são orientadas por dados, particularmente no que diz respeito a eficácia das vacinas. Pessoas tem viajado o quanto é possível, mas primeiramente nos mercados domésticos. A recuperação das viagens internacionais vai depender da liberdade de voar restaurada pelos governos. No mínimo, os viajantes vacinados não devem enfrentar restrições. Isso seria um longo caminho para reconectar o mundo e reviver os setores de viagens e turismo”, disse o diretor-geral e CEO da IATA, Willie Walsh.
Cargas
Na terça-feira (31), a entidade divulgou também dados do transporte global de cargas, que teve crescimento de 8,6% em julho, em relação ao mesmo mês de 2019. A oferta, por sua vez, registrou queda de 10,3% na mesma comparação. Com isso, o aproveitamento dos aviões para essa atividade registrou aumento de 9,5 pontos percentuais, chegando a 54,4%.