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sexta-feira, novembro 29, 2024
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Levantamento da AirHelp mostra que mais de 1 milhão de passageiros brasileiros tiveram problemas de voo até maio

1 em cada 13 passageiros foi afetado por atraso ou cancelamento

• Cancelamentos afetaram 170,4 mil passageiros

• Atrasos impactaram 864,9 mil consumidores

• 147,3 mil passageiros poderão ter direito a compensação financeira por problemas de voo sofridos no período analisado

Levantamento da AirHelp, líder mundial em direitos dos passageiros aéreos, revela que 170.400 passageiros foram afetados por voos cancelados no Brasil nos primeiros cinco meses deste ano. Outros 864.900 sofreram atrasos no embarque nos aeroportos do País.

De acordo com o estudo, 1 em cada 13 pessoas que partiram de aeroportos brasileiros teve problemas com voos atrasados ​​ou cancelados no período analisado, somando 1.035.300 passageiros afetados por esses inconvenientes. Isso significa que, a cada dia, mais de 6,9 mil passageiros brasileiros sofrem ao chegar ao destino de viagem. O estudo baseou-se em todos os voos programados para decolar de aeroportos brasileiros de janeiro a maio de 2021.

Aeroportos

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, teve o maior número de passageiros nominais afetados por cancelamentos. Mais de 24.250 passageiros sofreram cancelamentos de janeiro a maio. Guarulhos é seguido por Congonhas, com quase 22.500 passageiros cancelados.

Quase 16,4 mil passageiros sofreram cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o que o coloca na terceira posição em número de passageiros cancelados.

A maioria dos passageiros sofreu atrasos prolongados, de mais de 4 horas, no Aeroporto de Guarulhos, com quase 3.300 passageiros afetados. Quase 2.200 passageiros foram atingidos pelo mesmo tipo de problemas de voo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, seguido pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, com mais de 950 passageiros que chegaram ao destino com pelo menos 4 horas de atraso.

As rotas mais interrompidas

Os passageiros brasileiros enfrentam a maioria dos problemas de voo ao viajarem internamente. As rotas entre Recife e Guarulhos e Guarulhos a Recife foram as mais problemáticas para os passageiros, já que quase 30 mil passageiros enfrentaram atrasos em cancelamentos ao tentarem comutar entre estes dois aeroportos.

Mais de 11.300 passageiros enfrentaram dificuldades para chegar a Manaus do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, que classifica esta rota como a terceira e mais problemática conexão no Brasil, dado o número total de passageiros interrompidos.

No entanto, por falar na proporção de passageiros atingidos para o número total de passageiros programados, 1 a cada 4 passageiros enfrentou dificuldades ao partir de Viracopos para a Manaus.

Aeroporto de partida

Aeroporto de chegada

Número de passageiros atrasados ​​e cancelados

Proporção de passageiros interrompidos em relação ao total de passageiros programados

 

Aeroporto de partida Aeroporto de chegada Número de passageiros atrasados ​​e cancelados Proporção de passageiros interrompidos em relação ao total de passageiros programados
REC-Recife GRU-São Paulo Guarulhos 16000 10
GRU-São Paulo Guarulhos REC-Recife 13000 13
VCP-São Paulo Viracopos-Campinas MAO-Manaus Eduardo Gomes 11300 4
SDU-Rio de Janeiro Santos Dumont CGH-São Paulo Congonhas 10600 19
CGH-São Paulo Congonhas SDU-Rio de Janeiro Santos Dumont 9500 21
VCP-São Paulo Viracopos-Campinas SDU-Rio de Janeiro Santos Dumont 9300 9
SDU-Rio de Janeiro Santos Dumont VCP-São Paulo Viracopos-Campinas 9100 9
GRU-São Paulo Guarulhos BSB-Brasília 9060 11
GRU-São Paulo Guarulhos CNF-Belo Horizonte Tancredo Neves 8700 13
POA-Porto Alegre GRU-São Paulo Guarulhos 8700 15

 

Compensação de passageiro

De acordo com a AirHelp, 147,3 mil passageiros podem ter direito a uma indenização das companhias aéreas por atrasos e cancelamentos ocorridos de janeiro a maio deste ano. Além de voos cancelados, atrasos de mais de 4 horas também são motivo de indenização.

“Os últimos meses foram uma época de caos para os viajantes aéreos. É crucial agora, mais do que nunca, que os passageiros estejam cientes dos seus direitos em caso de problemas de voo. Infelizmente, no Brasil, apenas 5% dos viajantes aéreos têm esse tipo de conhecimento”, disse Christian Nielsen, CLO da AirHelp.

Nielsen continua: “As leis do Brasil permitem que os passageiros reivindiquem custos como comida, bebida e transporte após um problema de voo – estes são chamados de “danos materiais”. Mas, de acordo com o Código do Consumidor do Brasil, os passageiros também podem ter direito a buscar indenização pelo que é conhecido como “danos morais”. Isso cobre perda de tempo, oportunidades perdidas e maus tratos, que também são importantes e merecem ser compensados”.

Direitos dos passageiros aéreos no Brasil

Para reivindicar uma indenização, os passageiros devem estar cientes de certas condições. A primeira é verificar se o atraso ou cancelamento realmente causou sofrimento, estresse ou lesão ao usuário. Acontecimentos como faltar a uma consulta médica importante, cancelamento de contrato, demissão, ausência em um acontecimento de grande relevância emocional, são situações que podem dar lugar a um pedido de indenização por parte da companhia aérea. Se o passageiro já sofreu os chamados “danos morais” e pode prová-los, os passageiros têm boas chances de obter uma indenização financeira de até R$ 5 mil por pessoa.

O passageiro tem mais chance de obter uma compensação financeira se a companhia aérea for a responsável direta pela interrupção do voo, por problemas técnicos ou falta de tripulação, por exemplo. A interrupção do serviço devido a condições climáticas extremas pode ser usada como justificativa e aceita pelos tribunais como estando fora do controle da companhia aérea. No entanto, nesta situação, os passageiros continuam a ter direito ao serviço e à informação.

“O conjunto de direitos dos passageiros aéreos que temos no Brasil é orientado para o cliente e oferece aos passageiros aéreos uma grande consideração, especificando exatamente quais os cuidados que as companhias aéreas devem oferecer e quando em caso de problemas de voo. No entanto, a lei é muito vaga quando se trata de critérios de compensação e pode ser um desafio para um único indivíduo sem conhecimento especializado interpretar a lei corretamente. Entre os principais motivos pelos quais os passageiros brasileiros não reivindicam seus direitos em caso de problemas de voo, podemos encontrar: falta de conhecimento sobre como fazer uma reclamação, mas também falta de consciência dos direitos dos passageiros”, avalia Nielsen.

Leis de passageiros no Brasil

Quem voa no Brasil está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor e pela legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que são os instrumentos jurídicos mais relevantes para o passageiro. Essas leis definem claramente as responsabilidades das companhias aéreas para com seus passageiros sempre que houver problemas de voo.

A legislação brasileira abrange voos domésticos dentro do Brasil, voos internacionais com partida ou chegada em aeroportos brasileiros, bem como voos com conexão em um aeroporto brasileiro.

A legislação brasileira protege os passageiros, desde que seus voos atendam aos 4 critérios a seguir:

● O voo pousou ou decolou em um aeroporto brasileiro

● O voo foi cancelado com aviso tardio, o voo estava com mais de 4 horas de atraso ou estava com overbook

● Os passageiros não foram atendidos adequadamente pela companhia aérea

● O problema ocorreu nos últimos 5 anos (2 anos para voos internacionais)

Para mais informações, visite www.airhelp.com/pt-br/

Metodologia

Todos os dados da pesquisa AirHelp são baseados em voos regulares em aeroportos brasileiros de janeiro a maio de 2021, contidos no banco de dados global de voos da AirHelp. Para garantir dados precisos, AirHelp usa uma variedade de fontes e as combina em um banco de dados global.

Sobre a AirHelp

AirHelp é a maior organização mundial especializada em direitos de passageiros aéreos, ajudando os viajantes a obter indenização por voos atrasados ​​ou cancelados e em casos de recusa de embarque. A empresa também toma medidas legais e políticas para apoiar o crescimento e a aplicação dos direitos dos passageiros aéreos em todo o mundo. AirHelp já ajudou mais de 16 milhões de pessoas, está disponível em todo o mundo e oferece suporte em 16 idiomas.

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