Com a presença de diversas lideranças do turismo brasileiro e três atuais ministros de estado, Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, e Ricardo Sales, do Meio Ambiente, a abertura do Conotel 2020 em sua versão híbrida contou com apresentações e debates mediados pela vice-presidente da ABIH Nacional, Érica Dumond, que trataram do atual momento em que passa o turismo e os caminhos que o setor deve seguir a partir de agora.
Hoje, o evento prossegue a partir das 15 horas, com o tema: “Trabalhando o Novo Normal – Hotelaria, Turismo, Agenciamento, Aviação e Eventos”, com a presença de Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels, Patrick Mendes, CCO da Accor Global, Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Claiton Armelin, diretor Executivo de Produto Terrestre Nacional da CVC Corp, Toni Sando, presidente da Unedestinos, e Alexis Pagliarini, presidente executivo da AMPRO – Associação de Marketing Promocional.
Na abertura do primeiro dia do Conotel 2020, o presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares, agradeceu a presença de todas as autoridades e da plateia virtual no evento – que chegou a mais de 2.000 pessoas. “Quero lembrar o apoio que tivemos para conseguirmos realizar o Conotel 2020. Empresas parceiras como a Reed Exhibitions, os Estúdio Hoffmann e RenTv, além dos patrocinadores Souza Cruz, Realgems, ABMotéis (Associação Brasileira de Motéis). Sem o apoio dessa empresas e entidades, nada disso seria possível”, afirmou o presidente da ABIH Nacional.
Em sua primeira intervenção, a vice-presidente da ABIH Nacional, Érica Dumond, perguntou ao ministro do Turismo quais as ações do governo federal já tinha tomado para incentivar a retomada do turismo. “Socorremos as empresas com a Medida Provisória (MP) 936, que permite a flexibilização da jornada do trabalho e a suspensão temporária dos contratos. Já a MP 948 regulamentou a questão do reembolso dos valores de reservas, preservando os direitos dos consumidores, mas sem impor às empresas a devolução dos valores de imediato, o que seria desastroso para o setor, e a MP 963 viabilizou um crédito de R$ 5 bilhões através do Fungetur, fazendo os recursos chegarem na ponta, através do credenciamento dos bancos comerciais”, afirmou, acrescentando ainda a criação do “Selo de Biossegurança” que tem a chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Em seguida, Gilson Machado, presidente da Embratur, que estava em viagem a Fernando de Noronha junto do ministro do Turismo, afirmou que vem visitando diversas cidades e que o momento é de otimismo com a retomada das atividades. “Somos um país com 6 biomas e um dos que têm maior vocação para o turismo de natureza que é grande tendência nesse momento por sua característica de não causar aglomerações. Precisamos trabalhar para fazer a participação do turismo no Produto Interno Bruto (PIB) tenha maior relevância e ultrapasse os 8% que representa hoje”, disse.
Após as apresentações das autoridades, a mediadora Érica Dumont deu início ao “Painel expectativas e tendências para 2021”. Apresentaram-se sobre o tema Raul Martins, presidente da hotelaria de portugal, Orlando Souza, presidente executivo do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, Sérgio Souza, presidente da Resorts Brasil, além do presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares. O representante da hotelaria portuguesa destacou que suas expectativas é que o turismo só retorne de fato aos números anteriores à pandemia em 2022. “Pesquisas nos Estados Unidos mostram que 45% das pessoas entrevistadas só pretendem viajar depois da vacina. Por enquanto, o que temos, como aqui no Brasil, é um aquecimento ainda pequeno do turismo regional, mas Portugal, depende muito mais do viajante de fora, então a situação é complexa, pois não temos tantas alternativas e diversidade como o Brasil”, comentou.
Na sequência, se apresentaram Sérgio Souza, presidente da Resorts Brasil, que destacou a importância da criação do G20, grupo que reúne as 20 principais entidades ligados ao turismo para trabalhar de forma conjunta para estimular o setor, Orlando Souza, presidente executivo do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, que afirmou que é preciso começar a trabalhar para aumentar a disponibilidade de quartos oferecidos, pois em sua avaliação, há uma demanda reprimida que pode ser uma saída para a hotelaria focada em lazer.
Para encerrar o primeiro dia de evento, o presidente da ABIH Nacional lembrou que o setor de hotelaria chegou a ter suas atividades praticamente paralisadas, recebendo apenas profissionais de aviação e da área de saúde. “Temos que olhar para frente e tudo indica que o turismo regional será o motor da retomada. Hoje, podemos afirmar com toda certeza que a hotelaria está preparada para receber esses turistas, respeitando todos os protocolos, do check-in ao checkout”, finalizou.