A vereadora Ireuda Silva (PRB) repudiou o episódio de intolerância religiosa contra dois templos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), localizadas no bairro do Lobato, em Salvador. Na semana passada, os prédios foram pichados com frases sobre intolerância religiosa e combate ao racismo por manifestantes.
“Nosso mandato e minha história mostram que combati arduamente o racismo durante toda a minha vida. Também luto contra a intolerância religiosa dentro e fora da Câmara de Vereadores. Mas me parece muito contraditório que esses supostos militantes queiram combater intolerância com intolerância. Ódio com ódio. Não endentem que a paz não se conquista com violência”, disse a republicana.
Ireuda também repudiou a tentativa de intimidação contra a recepcionista Gláucia da Silva Teixeira, que é membro da Igreja e usava uma camiseta da Força Jovem Universal (FJU). “Ela foi perseguida no ônibus e constrangida, apenas por exercer o direito de expressar sua liberdade de crença. Isso é absurdo e inadmissível”, acrescentou.
A republicana é autora de um projeto de indicação ao governador da Bahia, Rui Costa, para criar uma Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais e aos Delitos de Intolerância Religiosa. A ideia é cuidar não apenas de casos de racismo, mas de atos discriminatórios contra pessoas ligadas a toda e qualquer religião. “Todas as religiões e crenças sofrem discriminação no Brasil e precisam ser respeitadas. A liberdade religiosa é um direito que nos é garantido pela Constituição Federal, que também assegura o livre pensamento. Mas a liberdade de expressão não pode ser confundida com ofensa ou permissão para agredir o outro”, argumenta Ireuda.