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sábado, novembro 23, 2024
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Aeroporto de Jacarepaguá completa 46 anos

O Aeroporto de Jacarepaguá/Roberto Marinho (RJ) completa 46 anos nesta quinta-feira (19/1). Localizado em posição estratégica, na avenida Ayrton Senna, uma das principais vias da Barra da Tijuca, foi inaugurado em 1971 e passou a ser administrado pela Infraero no ano seguinte.

O terminal carioca atende a operações da aviação geral – englobando voos não regulares das empresas de táxi aéreo e de escolas de aviação, além de operações offshore (plataforma marítima). Na área do sítio aeroportuário, com aproximadamente 1,2 milhão de m², estão instalados 44 hangares de empresas que fazem manutenção de helicópteros e representam cerca de 80% da movimentação de aeronaves no local.

Com capacidade para atender 400 mil passageiros ao ano, o terminal de passageiros tem 225,84 m² e a pista de pousos e decolagens conta com 900 metros de comprimento por 30 metros de largura. Até novembro de 2016, foram registrados no aeródromo carioca mais de 50 mil pousos e decolagens – média de 4.565 operações por mês.

Para o superintendente do aeroporto, Arley Machado, a localização privilegiada faz com que o terminal contribua para o desenvolvimento da cidade. “O Aeroporto de Jacarepaguá vem ampliando sua importância como equipamento estratégico na definição da logística de pessoas, contribuindo para o crescimento econômico, principalmente do Rio de Janeiro, e para o aumento da competitividade do nosso estado no cenário nacional”, destacou.

NOVOS NEGÓCIOS

Com o objetivo de aumentar os negócios comerciais do Aeroporto de Jacarepaguá, a Infraero vai abrir, no dia 20 de janeiro, licitação para conceder uma área externa do terminal para a implantação e exploração de um centro comercial.

O espaço a ser licitado conta com 31,5 mil m², com 11 mil m² de área construída e 21,8 mil m² de área livre, que poderão ser aproveitados pelo futuro concessionário. O valor mensal estimado do negócio é de R$ 150 mil. “Essa é uma estratégia da Infraero para oferecer aos seus vizinhos uma opção comercial que atenda a demanda da região, reforçando o potencial dos aeroportos como centros de negócios”, afirma o diretor comercial da empresa, José Cassiano Ferreira Filho.

Esta é uma das primeiras licitações comerciais feita pela empresa após a implementação da Lei 13303/2016, a chamada Lei das Estatais. O edital e os documentos da licitação estão disponíveis no site da Infraero.

(http://licitacao.infraero.gov.br/portal_licitacao/servlet/DetalheLicitacao?idLicitacao=113780)

INVESTIMENTOS

Em 2012, o terminal recebeu o sistema fotovoltaico. Isolado da rede elétrica convencional, o sistema utiliza painéis para capturar energia solar e recebeu investimentos de cerca de R$ 13,4 mil. No ano seguinte, foi realizada a construção do pátio de manobras de veículos, no valor de R$ 305 mil. Já em 2014, a Infraero instalou um novo sistema de iluminação de pistas com tecnologia LED, para reduzir o consumo de energia elétrica, o custo de manutenção e a incidência de troca de lâmpadas. O eixo viário e o estacionamento também receberam nova iluminação.

Além disso, o terminal de Jacarepaguá foi o primeiro da Rede Infraero a receber, em 2015, uma estação meteorológica de superfície com utilização de painel solar. A medida objetiva aperfeiçoar a captação das informações meteorológicas, ampliando o nível de segurança no processo de aproximação das aeronaves nos pousos e decolagens. 

HISTÓRICO

A história do terminal tem início na metade dos anos 20, quando o francês Pierre Georges Latécoerè, um pioneiro da aviação, planejou ligar a França à América do Sul pelos ares. O Rio de Janeiro, então capital do Brasil, era o local ideal, mais precisamente no Campo dos Afonsos (Base dos Afonsos, da Força Aérea Brasileira – FAB).

Durante muitos anos, a pista de pouso dos Afonsos recebeu aviões da Companhia Latécoerè e Aeropostale (mais tarde Air France), o Correio Aéreo Francês. À época, o atual Aeroporto de Jacarepaguá servia como um campo de pouso auxiliar ao Campo dos Afonsos, quando este tivesse nebulosidade prejudicial ao tráfego aéreo. Em 1944, o Campo dos Afonsos passou para a jurisdição do Ministério da Aeronáutica e foi utilizado pela FAB para treinamento de cadetes e oficiais aviadores.

Em 19 de setembro de 1966, o decreto-lei 59.234 estabeleceu o campo de pouso de Jacarepaguá como Aeródromo para Aviação Civil de Pequeno Porte. Em 1969, o aeroporto começou a ser realmente construído, iniciando por uma estação de passageiros, um pátio para estacionamento de aeronaves e três hangares para manutenção. As obras terminaram em 28 de dezembro de 1970, e, em 19 de janeiro de 1971, o Ministério da Aeronáutica autorizou, oficialmente, o início das operações no Aeroporto de Jacarepaguá.

Em 18 de junho de 2008, por meio da Lei nº 11.702, o terminal foi denominado de Aeroporto de Jacarepaguá/RJ – Roberto Marinho, em homenagem ao jornalista fundador das Organizações Globo.

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