O procurador de Marselha, Brice Robin, responsável pelas investigações judiciais sobre a queda do Airbus A320 da Germainwings, na última terça-feira (24), disse em entrevista coletiva que o “copiloto demonstrou uma vontade deliberada de destruir o avião”.
Segundo Robin, o copiloto alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, ficou sozinho na cabine nos últimos dez minutos do voo, antes do choque fatal contra os Alpes franceses. A análise da caixa-preta contendo os últimos 30 minutos de conversas no cockpit revelou que, durante 20 minutos, comandante e copiloto, ambos alemães, conversaram normalmente. Depois, o comandante de bordo prepara o briefing de aterrissagem em Dusseldorf e troca informações com o copiloto, que passa a responder de forma lacônica.
Em seguida, ouve-se um ruído de cadeira e o comandante deixa a cabine. Quando fica sozinho no cockpit, o copiloto manipula a descida do avião, diz o procurador. “A ação é voluntária”, enfatiza Brice Robin. Quando percebe a perda de altitude, o comandante faz vários apelos para que o copiloto abra a porta, mas ele não dá nenhuma resposta. Pela gravação, ouve-se perfeitamente a respiração do piloto e ela é normal, segundo o procurador.
Da Agência Brasil