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domingo, dezembro 8, 2024
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Sobradinho chora a perda de pessoas em ônibus de tursimo

Mesmo com pontos e curativos, vítimas de acidente em ônibus de turismo comparecem ao enterro de seus “irmãos”

No cemitério de sobradinho, ontem a tarde, multiplicavam-se os cantos de oração e as palmas. Tudo era parte da homenagem a sete das 11 pessoas que morreram após o ônibus que estavam tombar na MG-259 na altura de Governador Valadares – MG. Sobreviventes da tragédia compareceram ao enterro mesmo com os ferimentos anda aparentes para se despedir dos colegas de congregação.

Um dos sobreviventes é Newton Silva, 32, que andava com dificuldade entre os túmulos. ele fraturou a costela e a bacia no acidente, mas para ele, a dor não era motivo para faltar. “tinha que vir me despedir deles” disse. Newton estava de pé no momento em que o ônibus perdeu o controle.

O estudante Diego Lago, 14, estava em uma poltrona que teve o cinto rompido, mas ele não sofreu nenhuma escoriação. A dor que fica é a da memória. “nunca vou esquecer daquelas pessoas gritando por socorro e eu sem poder ajudar” disse apertando a Bíblia nas mãos.

O sentimento de dor e perda era generalizado, mas entre os familiares a tristeza profunda impedia-os até de falar. Raimundo de Jesus chegou trazendo o retrato da irmã Vandelina nas mãos. A cabeleireira de 36 anos morreu na sua primeira viagem como missionária. “Estamos dilacerados, numa imaginamos que algo assim vá acontecer”, lamentou em meio as lagrimas.

O pastor Samuel da Silva, da Assembléia de Deus, discursou no sepultamento das sete vítimas, todas frequentdoras da igreja em que ele prega. “É uma fatalidade eu sofro junto com os familiares”, disse.

Todas as vítimas foram veladas juntas no Ginásio de Sobradinho durante a madrugada. O Governador Agnelo Queiroz compareceu pela manhã ao local para se solidarizar com as famílias. Muitas pessoas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros devido ao estado emocional delas.

Depoimento:  ‘EU ESTAVA NA CABINE COM O MOTORISTA”

O professor Reginaldo Pereira conhece a MG 259. Ele estava na cabine do motorista quando o acidente aconteceu. Segundo ele, a mangueira de freio estourou no momento em que se aproximava de uma curva. No desespero o professor perguntou ao motorista o que poderia ser feito. “Ele me respondeu que não tinha jeito e ia tentar fazer a curva. Neste momento comecei a pedir a Deus por todos nós”, lembra. Reginaldo foi arremessado pelo pára-brisa no primeiro impacto. Ele sofreu escoriações nos braços e pernas.

Fonte: Metro

 

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