BRASÍLIA – Cada uma das dimensões consideradas no ranking de competitividade turística elaborado pelo Fórum Econômico Mundial foi questionada pelo secretário executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão, nesta manhã, dentro do Seminário de Competitividade organizado pela Embratur. “O Brasil ocupou o 51º lugar no ranking que analisa a competitividade do turismo de 140 países. Essas dimensões dividem-se em várias categorias e, em algumas, como a que trata da extensão dos efeitos da tributação sobre os negócios, chegamos a ocupar o último lugar”, destacou.
Simão questionou que o Brasil houvesse retrocedido no ranking em vários quesitos, nas análises de 2011 e 2013, que reúnem dados dos anos anteriores. “Não se justifica que tenhamos piorado em quesitos como a infraestrutura aeroportuária ou rodoviária entre 2011 e 2013. Poderíamos até ter continuado numa categoria ruim, mas não houve piora”, disse o secretário, destacando os investimentos realizados nesses dois segmentos nos últimos anos. “Esses dados não foram analisados. Conversei com os responsáveis pela elaboração do ranking, para entender as dimensões analisadas, e vejo que há falta de informação. Tenho certeza que o Brasil evoluirá apenas com a reconsideração de algumas informações”, disse.
Mesmo categorias em que o Brasil teve resultado positivo – como na análise de recursos naturais e culturais – foram criticadas pelo secretário do MTur. “Alcançamos o primeiro lugar em recursos naturais por causa do número de espécies encontradas no Brasil. Mas temos muito mais que isso, não é um retrato da realidade que nossa primeira colocação no ranking venha apenas desse dado”, ponderou. Valdir Simão, que participou apenas da primeira apresentação do seminário da Embratur, que neste momento reúne em painel o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o superintendente da CVC, Valter Patriani, e o presidente do Conselho de Turismo da CNC, Alexandre Sampaio.
Pan Rotas
