O Conselho Admistrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade, durante audiência pública realizada hoje em Brasília, a fusão entre a Azul e a Trip. Com isso, as empresas poderão realizar a completa integração de suas operações, unindo suas frotas, malhas aéreas e estruturas organizacionais sob uma só marca, que já foi definida pelas companhias que se chamará Azul.
No entanto, o Cade estabeleceu duas condições. A primeira é referente ao acordo de code-share firmado entre a Trip e a Tam, que deverá ser gradativamente extinto e só poderá continuar em vigor dentro de um prazo máximo de dois anos. A segunda condição é que a companhia mantenha sua meta de eficiência em utilizar mais de 85% de seus slots no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
“Estamos muito felizes com a decisão do Cade. As duas empresas são de grande complementaridade e os ganhos de sinergia trarão muitos benefícios aos nossos clientes e tripulantes”, disse o fundador e presidente executivo da Azul, David Neeleman. “Estamos trabalhando para tornar nossa malha aérea ainda mais robusta e abrangente, incrementando novos voos, rotas e frequências em todas as capitais e regiões do país” completa o executivo.
“A Trip e a Azul têm os mesmos ideais e visão de negócios. Juntos, iremos unir o melhor de cada uma e disseminar as melhores práticas entre as empresas, visando ampliar nossa competitividade nomercado”, explica o presidente-executivo da Trip, José Mário Caprioli.
LINHA DO TEMPO
As companhias anunciaram a intenção de se associar em 28 de maio do ano passado e, desde então, aguardavam a decisão do Cade para concretizar o negócio. O processo de integração entre ambas teve início no ano passado, quando as aéreas unificaram seus sistemas de atendimento e vendas. As companhias anunciaram também uma nova sede que hoje já abriga funcionários das duas empresas e está localizada em Barueri, na Grande São Paulo. Com a aprovação do Cade, a unificação das áreas técnicas e de operações é o próximo grande passo, que deverá ser aprovada pela Anac.
FROTA
No total, são 102 destinos atendidos em todo o País, cerca de nove mil tripulantes e uma frota de 118 aeronaves. Segundo dados divulgados pela Anac em janeiro, juntas as companhias detém uma fatia de 16,4% do mercado doméstico e são responsáveis por 29,7% de todas as decolagens em território nacional.
Fonte: Pan Rotas