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DAVID NEELEMAN AFIRMA QUE HÁ ESPAÇO PARA TRÊS GRANDES AÉREAS NO PAÍS

Devid Neeleman Três não é demais
Devid Neeleman  Três não é demais

Devid Neeleman Três não é demais

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse recentemente que considera três empresas aéreas demais para o mercado brasileiro. O sr. concorda? 

De forma alguma. Em nenhum mercado do mundo três são demais. Ele não deve achar isso de verdade. Quem acha que três é demais, precisa sair. Nós não vamos. Todo o setor está enfrentando um forte aumento de custos, é verdade. O combustível subiu. O dólar subiu. A concorrência também está maior, achatando as margens. A taxa de aeronavegabilidade, cobrada pelo governo, foi reajustada em 150% no início deste ano e será aumentada em mais 83%, em janeiro de 2013.
Mas o governo acabou de anunciar uma desoneração para o setor aéreo.
A elevação da taxa representará um gasto de R$ 150 milhões a mais por ano, algo incompatível com o discurso de desoneração do governo federal. A desoneração da folha de pagamento, que recebemos muito bem e que entra em vigor em janeiro, nos dará uma economia de R$ 50 milhões. Ou seja, o governo deu 50 e tirou 150.
A fusão com a Trip não amortecerá o impacto do aumento de custo?
Em parte, sim. Teremos um ganho de R$ 450 milhões em sinergia assim que as duas empresas estiveram com a união totalmente concretizada.
O sr. pensa em comprar alguma concorrente, como a Gol ou a Avianca?
Mesmo que eu quisesse, a Anac não permitiria. Mas, até onde eu sei, elas não estão à venda. A TAM está com a chilena LAN. A Gol acabou de concluir a aquisição da Webjet. Embora as duas estejam em situação mais crítica que a nossa, operando no vermelho, não manifestaram o interesse de vender algo. Já a Avianca possui um número restrito de rotas, é pequena, e atua com aviões que não estão em nosso perfil operacional. Ouvi dizer, inclusive, que a Avianca está interessada em comprar a portuguesa TAP.
Quando a Azul começará a voar para fora do País?
Isso está em nossos planos, mas não para colocar em prática agora. Nossa meta é fazer a Azul crescer no País, se consolidar como a maior e mais eficiente empresa área do País. Essa é nossa prioridade.
O sr. pretende abrir o capital da Azul para capitalizar a empresa e sustentar os planos de crescimento?
Sim, faremos a abertura de capital. Mas não é o momento. O mercado de ações ainda está contaminado pela crise lá fora. Quando percebermos que é um bom momento, faremos isso.
O modelo de negócio da Azul é igual ao da JetBlue? 
Antes de criar a Azul, quatro anos atrás, eu já havia fundado outras duas companhias que atuam no mercado aéreo nos Estados Unidos: a Morris Air, vendida à Southwest Airlines por US$ 20 milhões, em 1993, e a JetBlue, em 1999. A Azul segue um modelo semelhante ao da JetBlue, mas não é idêntico porque o mercado brasileiro é muito diferente do mercado americano.
Melhor ou pior?
É diferente. Algumas coisas que acontecem aqui são mais difíceis de entender. Vou dar um exemplo. Nós poderíamos operar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas não somos autorizados. Depois do acidente da TAM, 2007, o número médio de voos no aeroporto foi reduzido de 50 para 34 por dia. O aeroporto de La Guardia, em Nova York, tem pista menor do que a de Congonhas e opera 70 voos por dia.
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