Em outubro de 1996, a Microsoft lançou a Expedia, a primeira agência on-line de viagens do mundo. Pela primeira vez era possível comprar passagens, reservar hotéis, alugar carros ou montar seu próprio pacote, entre outras coisas, sem a ajuda de um agente de viagens. O sucesso nos EUA foi instantâneo. Apenas três anos depois, a Expedia fez sua abertura de capital e se separou da Microsoft. Não tardou até que uma série de empreendedores ao redor do mundo copiasse seu modelo. Foi exatamente assim, que em 1999, nascia a argentina Decolar. O resto é história. A Decolar é hoje a maior empresa do seu setor na América Latina e a Expedia segue como líder mundial.
Agora, tantos anos depois, as duas gigantes vão se enfrentar no mercado virtual brasileiro, onde a Expedia atuava desde 2009, por meio de dois sites, o Hotéis.com e a Egencia, seu braço corporativo. Com a chegada do carro chefe do grupo, a briga promete ser boa. Na quarta-feira 3, o CEO da Expedia, Dara Khosrowshahi, esteve em São Paulo para anunciar a entrada oficial da agência no país. “O mercado brasileiro será um dos principais motores para o nosso crescimento no próximos anos”, dia Khosrowshahi, entrevista com exclusividade pela Isto é Dinheiro. “Vamos investir de forma agressiva nos próximos anos e disputar a liderança do setor”.
Ao mesmo tempo que a Decolar surge como principal oponente, Khorsrowshani mira no mercado off-line e demostra estar atento ao cenário nacional. “Apenas 21% do setor de turismo brasileiro está na internet”, metade dos EUA, afirma. “Nos próximos anos vamos crescer principalmente com relação as agências tradicionais”. O Brasil é o mercado número 1 da América Latina para turismo on-line, responsável por 42% das vendas pela web de viagens na região, totalizando U$D 6 bilhões, em 2011, segundo a consultoria Phocus Wright. De acordo com o CEO da Expedia, o crescimento orgânico não é a única alternativa para expansão dos negócios da empresa. “Não descartamos uma aquisição no futuro, para acelerar a implementação de nossa operação na região, diz.
Fonte: ISTO É DINHEIRO
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